Mt 9_35 a 38
Veja essa história:
O pastor de uma determinada igreja subiu ao púlpito e, antes de pregar sua mensagem no culto da noite, fez uma apresentação ligeira de um outro ministro que os visitava. Contou à congregação que tratava-se de um dos seus amigos mais queridos desde sua infância. E desejava que ele dirigisse à igreja uma palavrinha, algo que estivesse em seu coração. Foi assim que um homem, já idoso, levantou-se e começou a falar. Iniciou contando que, certa vez, um pai, seu filho, e um amigo do filho decidiram fazer um passeio de barco na costa do Oceano Pacífico. De repente, uma tempestade fortíssima bloqueou-lhes a possibilidade de voltarem à terra firme. As ondas eram tão altas, que mesmo o pai, um marinheiro experiente, não conseguia manter o barco "em pé", de modo que este emborcou, e os três foram lançados ao mar. Nesse ponto da história, o senhor fez uma pausa, olhando para dois adolescentes que começavam a mostrar algum interesse pelo que ele dizia (desde o início do culto, eles mostravam-se totalmente desinteressados). Então continuou, dizendo que o pai conseguiu apanhar uma corda, enquanto permanecia agarrado ao barco. E ali, naquela hora, teve que tomar a decisão mais difícil da sua vida: a qual dos dois rapazes deveria jogar a outra ponta da corda? Tinha poucos segundos pra decidir, mas, sabendo que o seu filho era um seguidor do Senhor Jesus, e o amigo dele não, em grande agonia, gritou: "- Filho, eu te amo!!!", e jogou a corda na direção do amigo dele. Enquanto salvava o rapaz, seu filho foi tragado pelas águas bravias do Pacífico, para não mais ser encontrado. A essa altura, os dois adolescentes estavam prestando muita atenção ao que aquele senhor dizia. "O pai", disse ele, "sabia que o seu filho entraria na eternidade com Jesus. Ele não podia nem pensar em deixar o amigo do seu filho perecer sem conhecer o Salvador! E foi por isso que se dispôs a sacrificar seu próprio filho, para salvar o amigo dele. Quão maravilhoso é o amor de Deus! Ele fez a mesma coisa por nós! Nosso pai Celestial sacrificou o Seu único Filho, a fim de que nós pudéssemos ser salvos. Por isso, eu quero incentivá-los a receber Sua oferta de salvação. Ele está jogando a corda da salvação até vocês neste culto." Tendo dito isso, o velhinho sentou-se. Um grande silêncio tomou conta da igreja. Após o culto, os dois adolescentes foram falar com ele. Sem ser indelicado, um deles disse: " - Foi boa aquela história que o senhor contou; todavia, não acho que o pai tenha sido realista. Sacrificou a vida do seu filho baseado em mera esperança de que seu amigo viesse a tornar-se um cristão! - E é aí mesmo que está a chave da questão", respondeu o velhinho, enquanto olhava pra sua Bíblia já bastante surrada e gasta... Levantando os olhos, e com um grande sorriso na face, ele disse: "- De fato, não parece muito lógico, não é verdade? Mas, essa historia me faz entender um pouquinho o que deve ter significado para o nosso Pai Celestial o fato de dar o Seu único Filho por amor a mim... Sabe... nessa história que contei, o pai era eu, e o pastor desta igreja, o amigo do meu filho."
A cada dia, milhares de pessoas estão morrendo. Por onde andamos encontramos desespero, aflição, angústia. Quando penso no Deus a quem sirvo, lembro dos seus planos na história. Especificamente nos Seus planos para a minha vida. Se hoje estou aqui, pregando a palavra, é porque Deus planejou tudo isso e alguém se dispôs a ser usado por ele. Lembro da dedicação dos meus professores de EB, dos pastores que influenciaram a minha vida. Lembro dos zeladores que passaram pela igreja, de como eles preparavam todo aquele ambiente para que ali eu simplesmente viesse, sentasse e ouvisse a Palavra de Deus. E como é bom entender que, graças a eles terem ouvido o chamado de Deus e participado dos Seus planos, estou aqui e sou o que sou.
Onde está o nosso compromisso por aqueles que ainda não conhecem jesus? Onde está o nosso desejo de ver pessoas sendo resgatadas?
Tem algumas frases que guardo anotadas que são muito fortes pra mim:
D. C. Moody disse certa vez: “Quando vejo milhares de homens caminhando para a morte, tenho vontade de cair aos pés de Jesus, chorando e orando, para que ele venha e os salve”.
John Knox carregava constantemente um fardo de oração sobre a sua vida. Ele foi perseguido pela Rainha Maria, da Escócia. Então noite após noite ele orava no chão de madeira do esconderijo onde se refugiava. Certa vez, sua esposa suplicou que dormisse um pouco e ele respondeu: “Como posso dormir enquanto a minha pátria não estiver salva?” Muitas vezes Knox orava a noite interia em voz agonizante:”Senhor, dê-me a Escócia ou eu morro!” Deus sacudiu a Escócia; Deus lhe deu a Escócia.
John Wesley certa vez exortando a pastores disse: “Vamos todos ter um só objetivo. Vivamos só para isto, para salvar as nossas almas e as daqueles que nos ouvem”. Wesley clamou novamente: “Dê-me cem pregadores que nada temam senão o pecado e nada desejem senão Deus, e não me importo que sejam clérigos ou leigos, tais homens abalarão as portas do inferno e estabelecerão o reino de Deus na terra”.
Quando William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi inquirido pelo rei da Inglaterra sobre qual a força que dirigia a sua vida, ele respondeu: “Majestade, alguns homens têm paixão pelo ouro, outros pela fama, mas a minha paixão é pelas almas”.
John Hyde, o homem que orava, usado poderosamente na salvação e avivamento da Índia como apóstolo da intercessão, muitas vezes clamou:”Pai, dê-me essas almas ou eu morro”. Em média 4 pessoas eram ganhas para Jesus e muitas através da sua oração.
Somos uma comunidade absolutamente comprometida em transformar pessoas que não conhecem a Cristo em devotados seguidores. Não é a tradição a força que nos faz ser igreja. Igrejas dirigidas pela tradição dizem “nós sempre fizemos isso desse jeito”. Não é o que nós pastores queremos que define a caminhada da nossa igreja, nem tampouco a preocupação com as finanças. Em nenhum momento queremos encher a nossa comunidade de programações na tentativa de ocupar o povo. Pessoas sempre estarão a frente de programas e ideias aqui.
A Igreja é de Cristo e não nossa. Ele fundou a Igreja, morreu por ela, enviou o seu Espírito Santo e um dia virá para buscá-la. Como proprietário da Igreja, ele já estabeleceu os seus objetivos. É nosso compromisso entender e vivenciar os objetivos de Cristo para a Igreja.
Jesus deixou objetivos bem estabelecidos em duas coisas grandes: Ele deixou um Grande mandamento – Mt 22:37-40 e estabeleceu uma Grande Comissão – Mt 28:19,20
Eu e você estamos aqui para fazermos grandes coisas. E isso envolve Amar a Deus com todo o nosso coração e Amar ao nosso próximo como a nós mesmo. A Igreja existe para ministrar ao povo. Ministério é demonstrar o amor de Deus aos outros, atendendo a necessidade e curando todas sua feridas, em nome de Jesus.
Dentro das grandes coisas está o Ir – “enquanto estivermos indo” – Enquanto houver uma pessoa no mundo que não conhece Jesus, a Igreja tem o mandamento de continuar crescendo. O “Fazei discípulos” esse processo de ajuda ao povo para que ele se torne mais parecido com Cristo em pensamento, sentimento e ação também está presente e o “Batizando e ensinando”. Como crislãos somos chamados para participar e não apenas para acreditar. Batismo não é somente um símbolo de salvação, é um símbolo de comunhão. Não significa somente uma nova vida em Cristo, é a visualização da integração de uma pessoa dentro do corpo de Cristo.
Há anos tive o privilégio de ouvir e conhecer um pouco do ministério do pastor Bill Hybles. Vi o quanto ele era apaixonado por aquilo que fazia. Ele contou como precisou rever a sua vida. Estava tão envolvido no ministério que se percebeu fora do propósito de Deus. Um dia escreveu a seguinte frase em um guardanapo: “Se eu continuar fazendo a obra de Deus desse jeito, vou terminar destruindo toda a obra que Deus fez em mim”.
Descobri que essa pode ser uma real possibilidade na minha vida também!
Durante uma longa excursão pregando e curando nas cidades e vilas da Galiléia, Jesus se comoveu profundamente com a condição espiritual do povo. Estavam aflitos e abandonados, como quem não tem um líder para quem olhar. A metáfora das ovelhas que não têm pastor está em Nm 27:17, onde Moisés ora a Deus pedindo que coloque um homem sobre a congregação para que esta não seja como ovelhas que não têm pastor.
As multidões estavam como ovelhas atormentadas por cães e largadas no chão, incapazes de agir por si mesmas. As palavras traduzidas por aflitos e abandonados, são mais bem traduzidas por “estavam exaustas e desamparadas”. No desamparo das multidões Jesus viu uma oportunidade para a proclamação do reino. Assim é que ele ordena a seus discípulos que orem para que o Senhor da seara envie obreiros para reunir os perdidos.
3 pontos chamam a minha atenção no texto: Primeiro, o ministério de Jesus para com as pessoas – visitava / ensinava / anunciava o Reino / curava feridas simples e doenças graves. Segundo, o coração de Jesus ao olhar para aquelas pessoas – compadecia / sentia a real necessidade das pessoas. E, por fim, a visão de Jesus – as pessoas estavam prontas para ouvir o evangelho / era preciso mais líderes.
Esse compromisso presente em Jesus deve ser um grande incentivador nosso. Todos nós, um dia, estaremos diante de Deus e mostraremos a Ele as nossas obras. Mas antes de chegarmos diante, do trono seremos provados pelo fogo. Todas as nossas obras passarão pelo fogo – o que for palha, feno e madeira será queimado. Somente o que for metal precioso ficará. Imagine, se ao abrir as mãos para mostrar ao Senhor o seu ministério aqui na terra, você só tenha a mostrar cinzas!
Que Deus nos envolva na sua obra de uma vez por todas. Que Deus nos dê o mesmo espírito do Exército de Gideão, que mesmo sendo apenas trezentos, sem espada ou qualquer outra arma venceram e foram aprovados pelo pai. Um exército sem lugar para tímidos, medrosos e covardes. Que Deus nos torne como o exército de Davi, onde 400 homens chegaram completamente arrebentados, mas se tornaram os maiores guerreiros da história de Israel, pois se dispuseram a estar nas mãos de Deus. Que Deus nos desperte hoje, que olhemos para os campos “que já branquejam para a ceifa” e disponhamos as nossas vidas ao Senhor.
Uma boa semana pra você!
Ricardo Carvalho
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