Lucas 5:27-30
Quem são os nossos amigos hoje? Qual a dedicação e tempo que temos dado aos amigos que estão conosco na igreja e aos amigos que não estão conosco na igreja? Qual a última vez que conhecemos e estabelecemos um relacionamento íntegro (amizade verdadeira) com alguém que não participa da igreja?
A NOSSA VIDA... OS NOSSOS RELACIONAMENTOS
Enfrentamos sérias dificuldades como cristãos. Por vezes, os contatos com quem não faz parte do nosso contexto religioso tem sido superficiais, que não destacam a integridade. Temos sido engolidos pela superatividade, que não deixa tempo para ampliar o leque de relacionamentos.
Muitas vezes só nos aproximamos dos que estão fora do nosso contexto de igreja, com os nossos modelos evangelísticos defeituosos, onde nós somos os superiores e os demais estão abaixo. No fim das contas são modelos que só geram falta de compromisso com a pessoa e que demonstram arrogância, provocando antipatia por aqueles que nos ouvem.
Temos criado cacoetes e manias que tem erguido barreiras culturais, que atrapalham bastante a aproximação e estabelecem dificuldades profundas de comunicação. Pior de tudo, tem sido a falta de integridade em nós mesmos, que resulta no desequilíbrio entre o que se fala e o que realmente se vive. Juntemos a tudo isso a insegurança e a inércia, que paralisam nossas iniciativas. Aí, preferimos os amigos que encontramos aqui e a cada dia programamos mais tempo com esses.
Por estarmos na igreja há muito tempo, esquecemos o significa uma pessoa sem Deus na sua vida. Criticamos profundamente o povo judeu pela postura exclusivista e indiferente aos demais povos, mas agimos da mesma forma na prática. Quando vejo o evangelho sendo distorcido e os chamados cristãos vivendo enclausurados, percebo que algo muito ruim e errado tem tomado conta desse grupo. O homem sem Deus está distante de Deus e irá para o inferno se não se entregar a Jesus.
Ninguém gosta de falar sobre isso. Mas precisamos tratar desse assunto com sinceridade. Talvez você deteste pensar nisso. A verdade nua e crua é que o inferno é real e há pessoas que permanecerão lá por toda eternidade. Há aqueles que terão que enfrentar uma eternidade sem Cristo se não encontrarem o seu perdão.
A realidade do inferno era um tema importante no ministério evangelizador de Jesus. Lemos repetidamente sobre o pesar de Jesus a respeito da falta de resposta à sua mensagem vivificadora. Ele sabia que as apostas eram grandes e que a eternidade estava em jogo. Nós também precisamos viver tendo a mesma consciência da seriedade dessa questão.
O desejo de Deus está claro nas Escrituras – o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,
JESUS NÃO NEGLIGENCIAVA QUEM ESTAVA FORA DO SEU CONVÍVIO
“Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores ...” Mateus 11:19
As acusações feitas contra Jesus indicam que ele mantinha boas relações com cobradores de impostos – mal vistos por toda a comunidade – e pecadores desprezados pelos líderes religiosos. Jesus não tomava uma postura acusadora diante daqueles aos quais Deus já havia amado. Seus relacionamentos eram repletos de compaixão e longanimidade.
As pessoas estão carentes de amigos verdadeiros. Integridade (inteireza, retidão) deve ser uma marca do cristão. Ao construirmos um relacionamento íntegro com aqueles que não conhecem a Cristo, estabelecemos uma grande oportunidade de criarmos um elo de confiabilidade e ganharmos o direito de sermos ouvidos pelo nosso amor e testemunho de vida. Talvez seja esta a grande possibilidade de um desigrejado vir a ter um encontro com Jesus, tornando-se então um verdadeiro e frutífero discípulo Seu.
O QUE APRENDO COM JESUS QUANDO O ASSUNTO É CONSTRUIR RELACIONAMENTOS:
1. “Saindo” – Alargue suas fronteiras para encontrar novos amigos
Estamos vivendo a rotina dos relacionamentos. No conceito de que poucos são aqueles que se tornam de fato amigos, sair e fazer novos amigos não tem sido uma prática comum no nosso meio. Jesus vai na contra-mão da nossa prática atual. Saía e construía novos relacionamentos, novas amizades.
Gosto muito do convívio com pessoas que tenho aprendido a amar, mas tenho desejado muito ter novos amigos, independente de crença ou outra coisa. Quero relacionamentos principalmente com aqueles que ainda não conhecem a Jesus.
Um irmão me contou uma história fantástica de um pastor que fez caminhadas com um amigo que não era cristão por muito tempo. O acordo entre eles é que não se falaria nada sobre Bíblia, etc. Cinco anos depois, aquele amigo disse que queria ser um cristão e tudo pelo estilo de vida do pastor.
2. “Viu um publicano” – Olhe para uma pessoa como alguém que precisa de amizade verdadeira, mesmo sendo essa pessoa muito diferente de você.
Ninguém tolerava os publicanos naquela época. Eram judeus que trabalhavam para os romanos. Cobradores de impostos, conhecidos como verdadeiros ladrões, pois sempre cobravam a mais que o devido. Jesus viu um publicano, olhou para o destestado, o maldito da sociedade, o inimigo de todos.
O ditado “diga-me com quem andas e eu te direi quem és” não colava com Jesus. Se existiu alguém que viveu com diferentes, esse alguém foi Jesus. No geral, percebo que busco muito os iguais para conviver. Tem que ser mais ou menos do meu jeito, pensar mais ou menos como penso, gostar mais ou menos das coisas que gosto. E, principalmente, tem que se adaptar a mim. Jesus confunde as nossas práticas e contraria os nossos conceitos se aproximando dos mais estranhos e construindo relacionamentos com os mais improváveis.
3. “Chamado Levi, assentado na coletoria, e disse-lhe: segue-me” – Conheça a pessoa e invista na sua vida até que se torne um seguidor.
Jesus sabia o seu nome, viu o que ele estava fazendo e o convidou para segui-lo. Amizade precisa de tempo, dedicação, cuidado, cumplicidade. Sustentar as amizades existentes e construir novas amizades deveria ser uma prática nossa.
Fico imaginando se resolvêssemos hoje conhecer mais uma pessoa, aprofundar essa amizade e investir nessa pessoa até que viesse se tornar seguidora de Jesus. No final do ano, teríamos que realizar dois cultos aos domigos. Alguma coisa está errada no nosso meio. Não é possível que eu esteja equivocado quando o tema é relacionamento íntegro com aqueles que ainda não conhecem Jesus.
4. “Ele se levantou e, deixando tudo, o seguiu” – Relacionamentos íntegros quase sempre influenciam positivamente
A resposta de Levi foi instantânea ao chamado de Jesus. Ele abriu mão de tudo o que tinha, do trabalho e tudo o que fazia para seguir Jesus. Você também poderá experimentar essa mesma alegria – ver alguém que um dia você se aproximou e construiu um relacionamento, atendendo ao chamado de Jesus e se tornar um discípulo! Não existe algo que alegre mais o meu coração do que a salvação de pessoas que me aproximo e construo um relacionamento íntegro e profundo. Não sei você, mas eu quero ter a alegria de ver o maior número de pessoas sendo salvas e aquilo que eu puder fazer para que isso aconteça, farei.
5. “ofereceu Levi um grande banquete em sua casa” – Aprofunde a cada dia os seus relacionamentos
Jesus não parou no chamado. Ele foi na casa de Levi comer com ele. Resolveu conviver mais de perto com o novo amigo. Visite os seus amigos, mas também convide-os para ir em sua casa. Não precisamos fazer banquetes. Uma sopa, um café com pão é suficiente! Crie o hábito de aprofundar mais os relacionamentos com novos amigos.
6. “e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa” – Amplie o leque dos relacionamentos porque sempre surgirão do seu lado pessoas carentes de amizades verdadeiras.
Jesus foi a casa de Levi e lá teve a oportunidade de conhecer os colegas de trabalho do seu novo discípulo. Estabelecer comunhão e relacionamento profundo com desconhecidos e diferentes foi uma marca no ministério de Jesus. É sempre mais fácil o encontro com os iguais, mas é extremamente gratificante o encontro com aqueles que ainda não conhecem Jesus.
Só uma dica: Não se veja melhor ou superior a quem não teve um encontro pessoal com Jesus. Aprenda com o próprio Jesus a se posicionar como igual diante de cada um que está com você. (estavam com ele à mesa). Você e eu não somos melhores que ninguém. Somos todos criados por Deus e necessitamos da sua graça para sermos salvos. A única diferença entre nós e os que não conheceram a Jesus é que já tivemos o privilégio de conhecê-lo. Precisamos guardar em nosso coração que essa amizade com Jesus é graça. Sendo então um favor não merecido, a manifestação da misericórdia de Deus na nossa vida. Essa graça vale tanto para nós como para quem ainda não o conheceu. Abra o leque e seja amigo de verdade. Pode deixar que no momento certo a graça de Jesus alcançará seus novos amigos.
7. “Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores” – Nunca deixe que as críticas dos religiosos de plantão afaste você da benção de construir amizades verdadeiras com aqueles que ainda não conhecem Jesus
Eu já fui, de certo modo, um religioso de plantão, muito mais ligado em ambiente, tipo de pessoas presentes e práticas que dizia não serem cristãs. Até o dia que observei de forma franca e honesta Jesus de Nazaré. Desse dia em diante, resolvi mudar de time. Hoje prefiro ser acusado de estar com os pecadores a ser bem visto pela sociedade religiosa dos meus dias.
Jesus nunca deixou de ser Jesus por conviver com pecadores. Eu não preciso deixar de ser um cristão verdadeiro ao andar com aqueles que ainda não conhecem Jesus. O grande problema não é o ambiente, nem tampouco a comida ou a bebida, mas a postura íntegra e verdadeira como cristão em qualquer lugar que eu esteja.
QUAL A NOSSA RESPOSTA ENTÃO?
Oswald J. Smith em seu livro Paixão pelas Almas cita a seguinte frase: “A tarefa suprema da igreja é a evangelização do mundo. Creio nisso de todo o meu coração. O trabalho mais importante da Igreja de Jesus Cristo é a evangelização do mundo.”
Jesus, antes de ser assunto aos céus, deixou delineada de forma clara e precisa qual deveria ser o foco da vida da Igreja. Mateus 28:19,20 diz “Portanto ide por todo mundo e fazei discípulos por todas nações, batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando a guardar todas as coisas que vos tenho mandado e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.”
O Espírito Santo, que habita em nós, parece nos mover continuamente para falarmos sobre o amor de Deus às pessoas que nos cercam. É preciso entender que este processo não se inicia domingo a noite quando, após o apelo feito pelo pregador, a pessoa vai até a frente e decide submeter sua vida ao senhorio de Jesus Cristo. Tudo se inicia no estabelecimento de relacionamentos íntegros, de amizades profundas, verazes e redentoras . E isto só pode acontecer no dia-a-dia, fora das quatro paredes da igreja.
TRÊS GRANDES INCENTIVOS OU DESAFIOS PARA MIM E PARA VOCÊ
1. CUSTE O QUE CUSTAR, CONSTRUA NOVOS RELACIONAMENTOS ÍNTEGROS
Durante o seu ministério, Jesus demonstrou como aproximar-se das pessoas e levar a mensagem de forma plena, íntegra e redentora. Além de exemplos práticos, a Palavra tem princípios eternos que podem dar-nos um norte nessa caminhada.
Jesus se dispôs a estar com o cobrador de impostos chamado Zaqueu, embora isso não fosse uma atitude tão popular. Talvez percebendo as dificuldades de Zaqueu para aproximar-se dele, Jesus, toma a iniciativa. Essa proatividade é motivada pela possibilidade de ser instrumento de libertação na vida daquele homem.
Jesus agora participa de um banquete em sua homenagem, promovido pelo cobrador de impostos Levi, no qual toda a coletoria de Jerusalém estava presente. O senhor Jesus, desprovido de qualquer tipo de preconceito, permanece ao lado daqueles que precisam do seu amor e orientação.
Jesus aproximou-se da mulher samaritana, aquela pessoa que possuía um duplo potencial de rejeição diante dos judeus. O senhor a valorizou como pessoa, dialogou com ela e a acolheu, ao tempo em que confrontou seu pecado provocando a possibilidade de cura.
2. AME AS PESSOAS COMO DEUS AS AMA
Devemos amar, acima de tudo. Algumas vezes somos mais duros e exigentes com as pessoas do que o próprio Deus seria. É aquela dureza que se esquece do amor que moveu o Deus criador dos céus e da terra a assumir forma humana e entregar-se a si mesmo para a remissão dos nossos pecados.
As pessoas são importantes para Deus, por isso precisam ser importantes também para nós. O amor de Deus sempre foi espontâneo e proativo – O contato no Éden – Gênesis 3:9; Longânimo – A cidade de Nínive – Jonas 3:11; Presente – A encarnação do verbo – João 1; Compassivo – O choro sobre Jerusalém – Lucas 19:41; e Incondicional – O desejo de Deus – I Timóteo 2:4.
3. APROVEITE TODA E QUALQUER OPORTUNIDADE PARA CONSTRUIR NOVOS RELACIONAMENTOS ÍNTEGROS
As oportunidades para se desenvolver relacionamento íntegros normalmente estão ligadas ao cultivo de amizades com pessoas que convivemos em nossa rotina diária: O caixa no supermercado em que faço compras, o vizinho do condomínio, o colega que senta ao meu lado no trabalho, o professor da universidade, o mecânico da oficina em que conserto o carro, o pediatra dos meninos, a professora do colégio, o companheiro de ônibus do horário da manhã, o corretor de seguros, o caixa do banco em que tenho conta, todos com os quais nos relacionamos podem ser alvo da tentativa de se desenvolver relacionamentos íntegros.
Nesse contexto, é bom lembrar da frase de Ralph W. Emerson : “A única maneira de ter amigos é ser um deles”.
Reconhecendo que há vários níveis que uma amizade pode ser desenvolvida, é preciso que você esteja disposto a tornar-se amigo dessas pessoas. Não se deve ser uma atitude interesseira e manipuladora, uma vez que a base de tudo deve ser o amor genuíno que vem de um coração cheio do amor de Deus.
Na construção de uma amizade faz-se necessário entender o outro, seu perfil e sua forma de pensar. Não podemos colocar as pessoas em um molde que chamamos de desigrejados. Cada pessoa tem sua maneira de pensar e agir, traz uma carga de experiências também próprias, vive em um ambiente peculiar.
Toda a raça humana está perdida, todos somos carentes e todos temos necessidade a serem supridas, necessidades que são diferentes de uma pessoa para outra. É prudente descobrir as necessidades antes de compartilhar as soluções.
As pessoas não se importam com o quanto sabemos até descobrirem o quanto realmente estamos interessados em ajudar. Lembre-se: as apostas são grandes quanto a eternidade. O que estiver ao nosso alcance, precisamos fazer para que mais vidas se entreguem a Jesus.
Pense muito nisso!
Uma boa semana
Ricardo Carvalho
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
ATÉ ONDE VAI O SEU COMPROMISSO?
Mt 9_35 a 38
Veja essa história:
O pastor de uma determinada igreja subiu ao púlpito e, antes de pregar sua mensagem no culto da noite, fez uma apresentação ligeira de um outro ministro que os visitava. Contou à congregação que tratava-se de um dos seus amigos mais queridos desde sua infância. E desejava que ele dirigisse à igreja uma palavrinha, algo que estivesse em seu coração. Foi assim que um homem, já idoso, levantou-se e começou a falar. Iniciou contando que, certa vez, um pai, seu filho, e um amigo do filho decidiram fazer um passeio de barco na costa do Oceano Pacífico. De repente, uma tempestade fortíssima bloqueou-lhes a possibilidade de voltarem à terra firme. As ondas eram tão altas, que mesmo o pai, um marinheiro experiente, não conseguia manter o barco "em pé", de modo que este emborcou, e os três foram lançados ao mar. Nesse ponto da história, o senhor fez uma pausa, olhando para dois adolescentes que começavam a mostrar algum interesse pelo que ele dizia (desde o início do culto, eles mostravam-se totalmente desinteressados). Então continuou, dizendo que o pai conseguiu apanhar uma corda, enquanto permanecia agarrado ao barco. E ali, naquela hora, teve que tomar a decisão mais difícil da sua vida: a qual dos dois rapazes deveria jogar a outra ponta da corda? Tinha poucos segundos pra decidir, mas, sabendo que o seu filho era um seguidor do Senhor Jesus, e o amigo dele não, em grande agonia, gritou: "- Filho, eu te amo!!!", e jogou a corda na direção do amigo dele. Enquanto salvava o rapaz, seu filho foi tragado pelas águas bravias do Pacífico, para não mais ser encontrado. A essa altura, os dois adolescentes estavam prestando muita atenção ao que aquele senhor dizia. "O pai", disse ele, "sabia que o seu filho entraria na eternidade com Jesus. Ele não podia nem pensar em deixar o amigo do seu filho perecer sem conhecer o Salvador! E foi por isso que se dispôs a sacrificar seu próprio filho, para salvar o amigo dele. Quão maravilhoso é o amor de Deus! Ele fez a mesma coisa por nós! Nosso pai Celestial sacrificou o Seu único Filho, a fim de que nós pudéssemos ser salvos. Por isso, eu quero incentivá-los a receber Sua oferta de salvação. Ele está jogando a corda da salvação até vocês neste culto." Tendo dito isso, o velhinho sentou-se. Um grande silêncio tomou conta da igreja. Após o culto, os dois adolescentes foram falar com ele. Sem ser indelicado, um deles disse: " - Foi boa aquela história que o senhor contou; todavia, não acho que o pai tenha sido realista. Sacrificou a vida do seu filho baseado em mera esperança de que seu amigo viesse a tornar-se um cristão! - E é aí mesmo que está a chave da questão", respondeu o velhinho, enquanto olhava pra sua Bíblia já bastante surrada e gasta... Levantando os olhos, e com um grande sorriso na face, ele disse: "- De fato, não parece muito lógico, não é verdade? Mas, essa historia me faz entender um pouquinho o que deve ter significado para o nosso Pai Celestial o fato de dar o Seu único Filho por amor a mim... Sabe... nessa história que contei, o pai era eu, e o pastor desta igreja, o amigo do meu filho."
A cada dia, milhares de pessoas estão morrendo. Por onde andamos encontramos desespero, aflição, angústia. Quando penso no Deus a quem sirvo, lembro dos seus planos na história. Especificamente nos Seus planos para a minha vida. Se hoje estou aqui, pregando a palavra, é porque Deus planejou tudo isso e alguém se dispôs a ser usado por ele. Lembro da dedicação dos meus professores de EB, dos pastores que influenciaram a minha vida. Lembro dos zeladores que passaram pela igreja, de como eles preparavam todo aquele ambiente para que ali eu simplesmente viesse, sentasse e ouvisse a Palavra de Deus. E como é bom entender que, graças a eles terem ouvido o chamado de Deus e participado dos Seus planos, estou aqui e sou o que sou.
Onde está o nosso compromisso por aqueles que ainda não conhecem jesus? Onde está o nosso desejo de ver pessoas sendo resgatadas?
Tem algumas frases que guardo anotadas que são muito fortes pra mim:
D. C. Moody disse certa vez: “Quando vejo milhares de homens caminhando para a morte, tenho vontade de cair aos pés de Jesus, chorando e orando, para que ele venha e os salve”.
John Knox carregava constantemente um fardo de oração sobre a sua vida. Ele foi perseguido pela Rainha Maria, da Escócia. Então noite após noite ele orava no chão de madeira do esconderijo onde se refugiava. Certa vez, sua esposa suplicou que dormisse um pouco e ele respondeu: “Como posso dormir enquanto a minha pátria não estiver salva?” Muitas vezes Knox orava a noite interia em voz agonizante:”Senhor, dê-me a Escócia ou eu morro!” Deus sacudiu a Escócia; Deus lhe deu a Escócia.
John Wesley certa vez exortando a pastores disse: “Vamos todos ter um só objetivo. Vivamos só para isto, para salvar as nossas almas e as daqueles que nos ouvem”. Wesley clamou novamente: “Dê-me cem pregadores que nada temam senão o pecado e nada desejem senão Deus, e não me importo que sejam clérigos ou leigos, tais homens abalarão as portas do inferno e estabelecerão o reino de Deus na terra”.
Quando William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi inquirido pelo rei da Inglaterra sobre qual a força que dirigia a sua vida, ele respondeu: “Majestade, alguns homens têm paixão pelo ouro, outros pela fama, mas a minha paixão é pelas almas”.
John Hyde, o homem que orava, usado poderosamente na salvação e avivamento da Índia como apóstolo da intercessão, muitas vezes clamou:”Pai, dê-me essas almas ou eu morro”. Em média 4 pessoas eram ganhas para Jesus e muitas através da sua oração.
Somos uma comunidade absolutamente comprometida em transformar pessoas que não conhecem a Cristo em devotados seguidores. Não é a tradição a força que nos faz ser igreja. Igrejas dirigidas pela tradição dizem “nós sempre fizemos isso desse jeito”. Não é o que nós pastores queremos que define a caminhada da nossa igreja, nem tampouco a preocupação com as finanças. Em nenhum momento queremos encher a nossa comunidade de programações na tentativa de ocupar o povo. Pessoas sempre estarão a frente de programas e ideias aqui.
A Igreja é de Cristo e não nossa. Ele fundou a Igreja, morreu por ela, enviou o seu Espírito Santo e um dia virá para buscá-la. Como proprietário da Igreja, ele já estabeleceu os seus objetivos. É nosso compromisso entender e vivenciar os objetivos de Cristo para a Igreja.
Jesus deixou objetivos bem estabelecidos em duas coisas grandes: Ele deixou um Grande mandamento – Mt 22:37-40 e estabeleceu uma Grande Comissão – Mt 28:19,20
Eu e você estamos aqui para fazermos grandes coisas. E isso envolve Amar a Deus com todo o nosso coração e Amar ao nosso próximo como a nós mesmo. A Igreja existe para ministrar ao povo. Ministério é demonstrar o amor de Deus aos outros, atendendo a necessidade e curando todas sua feridas, em nome de Jesus.
Dentro das grandes coisas está o Ir – “enquanto estivermos indo” – Enquanto houver uma pessoa no mundo que não conhece Jesus, a Igreja tem o mandamento de continuar crescendo. O “Fazei discípulos” esse processo de ajuda ao povo para que ele se torne mais parecido com Cristo em pensamento, sentimento e ação também está presente e o “Batizando e ensinando”. Como crislãos somos chamados para participar e não apenas para acreditar. Batismo não é somente um símbolo de salvação, é um símbolo de comunhão. Não significa somente uma nova vida em Cristo, é a visualização da integração de uma pessoa dentro do corpo de Cristo.
Há anos tive o privilégio de ouvir e conhecer um pouco do ministério do pastor Bill Hybles. Vi o quanto ele era apaixonado por aquilo que fazia. Ele contou como precisou rever a sua vida. Estava tão envolvido no ministério que se percebeu fora do propósito de Deus. Um dia escreveu a seguinte frase em um guardanapo: “Se eu continuar fazendo a obra de Deus desse jeito, vou terminar destruindo toda a obra que Deus fez em mim”.
Descobri que essa pode ser uma real possibilidade na minha vida também!
Durante uma longa excursão pregando e curando nas cidades e vilas da Galiléia, Jesus se comoveu profundamente com a condição espiritual do povo. Estavam aflitos e abandonados, como quem não tem um líder para quem olhar. A metáfora das ovelhas que não têm pastor está em Nm 27:17, onde Moisés ora a Deus pedindo que coloque um homem sobre a congregação para que esta não seja como ovelhas que não têm pastor.
As multidões estavam como ovelhas atormentadas por cães e largadas no chão, incapazes de agir por si mesmas. As palavras traduzidas por aflitos e abandonados, são mais bem traduzidas por “estavam exaustas e desamparadas”. No desamparo das multidões Jesus viu uma oportunidade para a proclamação do reino. Assim é que ele ordena a seus discípulos que orem para que o Senhor da seara envie obreiros para reunir os perdidos.
3 pontos chamam a minha atenção no texto: Primeiro, o ministério de Jesus para com as pessoas – visitava / ensinava / anunciava o Reino / curava feridas simples e doenças graves. Segundo, o coração de Jesus ao olhar para aquelas pessoas – compadecia / sentia a real necessidade das pessoas. E, por fim, a visão de Jesus – as pessoas estavam prontas para ouvir o evangelho / era preciso mais líderes.
Esse compromisso presente em Jesus deve ser um grande incentivador nosso. Todos nós, um dia, estaremos diante de Deus e mostraremos a Ele as nossas obras. Mas antes de chegarmos diante, do trono seremos provados pelo fogo. Todas as nossas obras passarão pelo fogo – o que for palha, feno e madeira será queimado. Somente o que for metal precioso ficará. Imagine, se ao abrir as mãos para mostrar ao Senhor o seu ministério aqui na terra, você só tenha a mostrar cinzas!
Que Deus nos envolva na sua obra de uma vez por todas. Que Deus nos dê o mesmo espírito do Exército de Gideão, que mesmo sendo apenas trezentos, sem espada ou qualquer outra arma venceram e foram aprovados pelo pai. Um exército sem lugar para tímidos, medrosos e covardes. Que Deus nos torne como o exército de Davi, onde 400 homens chegaram completamente arrebentados, mas se tornaram os maiores guerreiros da história de Israel, pois se dispuseram a estar nas mãos de Deus. Que Deus nos desperte hoje, que olhemos para os campos “que já branquejam para a ceifa” e disponhamos as nossas vidas ao Senhor.
Uma boa semana pra você!
Ricardo Carvalho
Veja essa história:
O pastor de uma determinada igreja subiu ao púlpito e, antes de pregar sua mensagem no culto da noite, fez uma apresentação ligeira de um outro ministro que os visitava. Contou à congregação que tratava-se de um dos seus amigos mais queridos desde sua infância. E desejava que ele dirigisse à igreja uma palavrinha, algo que estivesse em seu coração. Foi assim que um homem, já idoso, levantou-se e começou a falar. Iniciou contando que, certa vez, um pai, seu filho, e um amigo do filho decidiram fazer um passeio de barco na costa do Oceano Pacífico. De repente, uma tempestade fortíssima bloqueou-lhes a possibilidade de voltarem à terra firme. As ondas eram tão altas, que mesmo o pai, um marinheiro experiente, não conseguia manter o barco "em pé", de modo que este emborcou, e os três foram lançados ao mar. Nesse ponto da história, o senhor fez uma pausa, olhando para dois adolescentes que começavam a mostrar algum interesse pelo que ele dizia (desde o início do culto, eles mostravam-se totalmente desinteressados). Então continuou, dizendo que o pai conseguiu apanhar uma corda, enquanto permanecia agarrado ao barco. E ali, naquela hora, teve que tomar a decisão mais difícil da sua vida: a qual dos dois rapazes deveria jogar a outra ponta da corda? Tinha poucos segundos pra decidir, mas, sabendo que o seu filho era um seguidor do Senhor Jesus, e o amigo dele não, em grande agonia, gritou: "- Filho, eu te amo!!!", e jogou a corda na direção do amigo dele. Enquanto salvava o rapaz, seu filho foi tragado pelas águas bravias do Pacífico, para não mais ser encontrado. A essa altura, os dois adolescentes estavam prestando muita atenção ao que aquele senhor dizia. "O pai", disse ele, "sabia que o seu filho entraria na eternidade com Jesus. Ele não podia nem pensar em deixar o amigo do seu filho perecer sem conhecer o Salvador! E foi por isso que se dispôs a sacrificar seu próprio filho, para salvar o amigo dele. Quão maravilhoso é o amor de Deus! Ele fez a mesma coisa por nós! Nosso pai Celestial sacrificou o Seu único Filho, a fim de que nós pudéssemos ser salvos. Por isso, eu quero incentivá-los a receber Sua oferta de salvação. Ele está jogando a corda da salvação até vocês neste culto." Tendo dito isso, o velhinho sentou-se. Um grande silêncio tomou conta da igreja. Após o culto, os dois adolescentes foram falar com ele. Sem ser indelicado, um deles disse: " - Foi boa aquela história que o senhor contou; todavia, não acho que o pai tenha sido realista. Sacrificou a vida do seu filho baseado em mera esperança de que seu amigo viesse a tornar-se um cristão! - E é aí mesmo que está a chave da questão", respondeu o velhinho, enquanto olhava pra sua Bíblia já bastante surrada e gasta... Levantando os olhos, e com um grande sorriso na face, ele disse: "- De fato, não parece muito lógico, não é verdade? Mas, essa historia me faz entender um pouquinho o que deve ter significado para o nosso Pai Celestial o fato de dar o Seu único Filho por amor a mim... Sabe... nessa história que contei, o pai era eu, e o pastor desta igreja, o amigo do meu filho."
A cada dia, milhares de pessoas estão morrendo. Por onde andamos encontramos desespero, aflição, angústia. Quando penso no Deus a quem sirvo, lembro dos seus planos na história. Especificamente nos Seus planos para a minha vida. Se hoje estou aqui, pregando a palavra, é porque Deus planejou tudo isso e alguém se dispôs a ser usado por ele. Lembro da dedicação dos meus professores de EB, dos pastores que influenciaram a minha vida. Lembro dos zeladores que passaram pela igreja, de como eles preparavam todo aquele ambiente para que ali eu simplesmente viesse, sentasse e ouvisse a Palavra de Deus. E como é bom entender que, graças a eles terem ouvido o chamado de Deus e participado dos Seus planos, estou aqui e sou o que sou.
Onde está o nosso compromisso por aqueles que ainda não conhecem jesus? Onde está o nosso desejo de ver pessoas sendo resgatadas?
Tem algumas frases que guardo anotadas que são muito fortes pra mim:
D. C. Moody disse certa vez: “Quando vejo milhares de homens caminhando para a morte, tenho vontade de cair aos pés de Jesus, chorando e orando, para que ele venha e os salve”.
John Knox carregava constantemente um fardo de oração sobre a sua vida. Ele foi perseguido pela Rainha Maria, da Escócia. Então noite após noite ele orava no chão de madeira do esconderijo onde se refugiava. Certa vez, sua esposa suplicou que dormisse um pouco e ele respondeu: “Como posso dormir enquanto a minha pátria não estiver salva?” Muitas vezes Knox orava a noite interia em voz agonizante:”Senhor, dê-me a Escócia ou eu morro!” Deus sacudiu a Escócia; Deus lhe deu a Escócia.
John Wesley certa vez exortando a pastores disse: “Vamos todos ter um só objetivo. Vivamos só para isto, para salvar as nossas almas e as daqueles que nos ouvem”. Wesley clamou novamente: “Dê-me cem pregadores que nada temam senão o pecado e nada desejem senão Deus, e não me importo que sejam clérigos ou leigos, tais homens abalarão as portas do inferno e estabelecerão o reino de Deus na terra”.
Quando William Booth, fundador do Exército da Salvação, foi inquirido pelo rei da Inglaterra sobre qual a força que dirigia a sua vida, ele respondeu: “Majestade, alguns homens têm paixão pelo ouro, outros pela fama, mas a minha paixão é pelas almas”.
John Hyde, o homem que orava, usado poderosamente na salvação e avivamento da Índia como apóstolo da intercessão, muitas vezes clamou:”Pai, dê-me essas almas ou eu morro”. Em média 4 pessoas eram ganhas para Jesus e muitas através da sua oração.
Somos uma comunidade absolutamente comprometida em transformar pessoas que não conhecem a Cristo em devotados seguidores. Não é a tradição a força que nos faz ser igreja. Igrejas dirigidas pela tradição dizem “nós sempre fizemos isso desse jeito”. Não é o que nós pastores queremos que define a caminhada da nossa igreja, nem tampouco a preocupação com as finanças. Em nenhum momento queremos encher a nossa comunidade de programações na tentativa de ocupar o povo. Pessoas sempre estarão a frente de programas e ideias aqui.
A Igreja é de Cristo e não nossa. Ele fundou a Igreja, morreu por ela, enviou o seu Espírito Santo e um dia virá para buscá-la. Como proprietário da Igreja, ele já estabeleceu os seus objetivos. É nosso compromisso entender e vivenciar os objetivos de Cristo para a Igreja.
Jesus deixou objetivos bem estabelecidos em duas coisas grandes: Ele deixou um Grande mandamento – Mt 22:37-40 e estabeleceu uma Grande Comissão – Mt 28:19,20
Eu e você estamos aqui para fazermos grandes coisas. E isso envolve Amar a Deus com todo o nosso coração e Amar ao nosso próximo como a nós mesmo. A Igreja existe para ministrar ao povo. Ministério é demonstrar o amor de Deus aos outros, atendendo a necessidade e curando todas sua feridas, em nome de Jesus.
Dentro das grandes coisas está o Ir – “enquanto estivermos indo” – Enquanto houver uma pessoa no mundo que não conhece Jesus, a Igreja tem o mandamento de continuar crescendo. O “Fazei discípulos” esse processo de ajuda ao povo para que ele se torne mais parecido com Cristo em pensamento, sentimento e ação também está presente e o “Batizando e ensinando”. Como crislãos somos chamados para participar e não apenas para acreditar. Batismo não é somente um símbolo de salvação, é um símbolo de comunhão. Não significa somente uma nova vida em Cristo, é a visualização da integração de uma pessoa dentro do corpo de Cristo.
Há anos tive o privilégio de ouvir e conhecer um pouco do ministério do pastor Bill Hybles. Vi o quanto ele era apaixonado por aquilo que fazia. Ele contou como precisou rever a sua vida. Estava tão envolvido no ministério que se percebeu fora do propósito de Deus. Um dia escreveu a seguinte frase em um guardanapo: “Se eu continuar fazendo a obra de Deus desse jeito, vou terminar destruindo toda a obra que Deus fez em mim”.
Descobri que essa pode ser uma real possibilidade na minha vida também!
Durante uma longa excursão pregando e curando nas cidades e vilas da Galiléia, Jesus se comoveu profundamente com a condição espiritual do povo. Estavam aflitos e abandonados, como quem não tem um líder para quem olhar. A metáfora das ovelhas que não têm pastor está em Nm 27:17, onde Moisés ora a Deus pedindo que coloque um homem sobre a congregação para que esta não seja como ovelhas que não têm pastor.
As multidões estavam como ovelhas atormentadas por cães e largadas no chão, incapazes de agir por si mesmas. As palavras traduzidas por aflitos e abandonados, são mais bem traduzidas por “estavam exaustas e desamparadas”. No desamparo das multidões Jesus viu uma oportunidade para a proclamação do reino. Assim é que ele ordena a seus discípulos que orem para que o Senhor da seara envie obreiros para reunir os perdidos.
3 pontos chamam a minha atenção no texto: Primeiro, o ministério de Jesus para com as pessoas – visitava / ensinava / anunciava o Reino / curava feridas simples e doenças graves. Segundo, o coração de Jesus ao olhar para aquelas pessoas – compadecia / sentia a real necessidade das pessoas. E, por fim, a visão de Jesus – as pessoas estavam prontas para ouvir o evangelho / era preciso mais líderes.
Esse compromisso presente em Jesus deve ser um grande incentivador nosso. Todos nós, um dia, estaremos diante de Deus e mostraremos a Ele as nossas obras. Mas antes de chegarmos diante, do trono seremos provados pelo fogo. Todas as nossas obras passarão pelo fogo – o que for palha, feno e madeira será queimado. Somente o que for metal precioso ficará. Imagine, se ao abrir as mãos para mostrar ao Senhor o seu ministério aqui na terra, você só tenha a mostrar cinzas!
Que Deus nos envolva na sua obra de uma vez por todas. Que Deus nos dê o mesmo espírito do Exército de Gideão, que mesmo sendo apenas trezentos, sem espada ou qualquer outra arma venceram e foram aprovados pelo pai. Um exército sem lugar para tímidos, medrosos e covardes. Que Deus nos torne como o exército de Davi, onde 400 homens chegaram completamente arrebentados, mas se tornaram os maiores guerreiros da história de Israel, pois se dispuseram a estar nas mãos de Deus. Que Deus nos desperte hoje, que olhemos para os campos “que já branquejam para a ceifa” e disponhamos as nossas vidas ao Senhor.
Uma boa semana pra você!
Ricardo Carvalho
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