domingo, 30 de junho de 2013

O MAIS GLORIOSO MOMENTO - O dia do grande encontro com Jesus

Apocalipse 19 e 21

Algo muito interessante que li esses dias foi sobre a cerimônia de um casamento judaico. O Rev. Hernandes Dias Lopes conta em rápidas palavras como a mesma acontecia no seu livro “A Segunda Vinda de Cristo”. Foi com base nessa cerimônia que toda a história que fala da nossa união eterna com Jesus é mostrada na Bíblia.

O livro de Apocalipse é cheio de metáforas, mas com uma completa descrição dos últimos dias. Em meio a todas as metáforas apresentadas, podemos destacar no livro os acontecimentos que envolvem os últimos dias.

Nos capítulos 1 a 11 enxergamos toda a perseguição do mundo sobre a igreja, bem como o juízo de Deus sobre o mundo. Nos capítulos 12 a 22 um momento de grande batalha. Seres estranhos são apresentados como o dragão, o anticristo, falso profeta e grande meretriz juntos perseguindo o Cordeiro de Deus e a Igreja.

O capítulo 19 é o momento glorioso das bodas do cordeiro. É um capítulo cheio de celebrações e vitória. É vendo como acontecia o casamento judaico que poderemos entender bem o que aconteceu na nossa relação com Jesus, desde o início até o grande dia da sua volta.

As bodas judaicas tinha quatro estágios muito importantes.

O primeiro estágio era o noivado. Ali o compromisso era oficializado, uma cerimônia acontecia, com banquete e troca de presentes. Nesse momento, além das comemorações e compromisso, conversavam sobre questões financeiras, ou seja, quanto o pai da noiva iria receber e qual a forma de pagamento. Tudo isso acontecia na presença de várias testemunhas e naquele momento a bênção de Deus era pronunciada sobre a união. Apesar de não consumarem o casamento, após o noivado, os jovens eram chamados de esposa e marido (Mt 1:19)

Um dia assumimos um compromisso com Jesus quando entregamos a nossa vida a ele. Apesar de não termos celebrado a festa de casamento como noiva de Jesus, temos um compromisso que precisa ser mantido.

A igreja precisa entender essa realidade. As bodas acontecerão um dia, mas isso não significa que estamos livres para vivermos como quisermos. Temos um compromisso assumido.

O texto de Apocalipse 19 começa falando de uma meretriz, ou seja, uma falsa igreja sendo derrotada. Os versos de 1 a 6 mostram o júbilo do céu com a vitória sobre a grande meretriz (Leia Apocalipse 17 e veja como essa figura trabalhava desviando a todos os homens da verdadeira adoração a Deus).

Vivemos em dias de luta espiritual. Assumimos um compromisso com Jesus e precisamos caminhar em santidade durante toda a nossa vida. As lutas enfrentadas nesse período de “noivado” serão recompensadas com a vitória que um dia veremos quando, na glória, celebraremos juntos as bodas da igreja com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

O segundo estágio era o intervalo entre o noivado e as bodas. Nesse é o período que o esposo paga ao pai da noiva um dote. Normalmente o noivado durava um ano naquela época, quando no final eles consumavam o casamento.

Aplicando para a nossa relação com Cristo Jesus, ele um dia pagou o “dote”. Pagou um alto preço, derramando o seu sangue na cruz do calvário, para que nós pudéssemos estar com ele eternamente.

Tudo isso para que pudéssemos participar do grande e glorioso dia das bodas do cordeiro. Os versos 8 a 10 mostram novas vestes na noiva que é a igreja. Foi o sangue de Jesus que nos purificou e nos tornou justos diante de Deus.

Aí vem o terceiro estágio, a procissão para a casa da noiva. A noiva está ataviada (devidamente ornamentada e preparada) e o noivo vem em toda a sua glória. Nos versos 11 a 17 o noivo é descrito no texto. João o descreve: Fiel e verdadeiro ( o que ele prometeu, cumprirá); julga e peleja com justiça (porque é fiel e justo, fará com que a sua justiça se cumpra); olhos são chamas de fogo (nada lhe fica oculto, tudo lhe é revelado); na sua cabeça mutos diademas (ele usa coroa porque ele é o Rei dos Reis); tem um nome escrito que ninguém conhece (mente humana não consegue compreender a profundidade do seu ser); da sua boca uma espada afiada (essa será a única arma, a sua palavra eterna e poderosa); na sua coxa – REI DOS REIS, SENHOR DOS SENHORES. Aleluia!

Esse será o grande e glorioso dia, que todo olho verá, mas nem todos participarão da festa. Jesus falou sobre isso quando contou a parábola das virgens néscias e prudentes. Esse dia glorioso vai chegar. De repente o noivo virá para as bodas. Precisamos estar preparados.

Vem então o quarto estágio, as bodas. Os judeus sempre gostavam muito de festas e comemorações bem elaborados. A cerimonia nupcial era chamada “huppah”, que significa toldo. Era possível que o noivo e a noiva ficassem sentados debaixo de um toldo durante a cerimonia. Depois de um tempo os noivos eram deixados a sós para consumar a união em uma tenda ou um quarto, previamente preparado para ser a câmara nupcial.

Enquanto o casal consumava o casamento, a festa continuava. Parece estranho para nós, mas era assim. Algum tempo depois saiam trazendo provas de que a noiva era virgem e a festa continuava por sete dias ou mais.

Esse dia vai chegar para a igreja – Um dia celebraremos com Jesus a nossa união eterna e estaremos com ele eternamente no lugar que ele preparou para que a sua igreja esteja presente.

Aguardamos com santa expectativa esse glorioso dia. Depois disso, há uma eternidade preparada para nós que fazemos parte da igreja de Jesus.

Em Apocalipse 21 vemos que não será criado um novo céu e uma nova terra, mas o velho se fará novo. Deus fala de um novo a partir do que já existia (v.1). Não haverá mais separação entre o céu e a terra – Céu e terra serão a habitação de Deus (v.3). A nova Jerusalém descerá do céu. Poderíamos até pensar em uma cidade preparada para a nossa morada eterna. Mas entendendo a forma metafórica de Apocalipse e comparando com os ensinamentos bíblicos, parece que a referência é a igreja de Cristo, lugar onde Deus habita e reina eternamente. (v.2). Esse é o momento glorioso da chegada da noiva a sua morada eterna.

Que o nosso coração esteja cheio de expectativa pelo grande dia da volta do Senhor. Que estejamos preparados e devidamente “ataviados” para que esse seja o início de uma eternidade ao lado do Rei Jesus.

Uma semana abençoada

Ricardo Carvalho

segunda-feira, 24 de junho de 2013

JESUS VOLTARÁ - COMO AGUARDAR A SUA VOLTA?

1 Ts 5:1-11

Não sei se o mesmo acontece com você, mas em muitas ocasiões me encontro tão envolvido no aqui e agora, que esqueço que meu mundo e minha vida não se resumem ao hoje e amanhã, mas ao eternamente. Estou precisando voltar ao foco de Deus. A Bíblia ensina que somos peregrinos e forasteiros. Eu vivo como se a minha eternidade fosse aqui.

Não sei se o mesmo acontece com você, mas por vezes até esqueço o tema "volta de Cristo". A vergonha que sinto quando canto músicas que citam a expectativa pela volta de Jesus é muito grande por ter convicção de que a expectativa e entusiasmo, em muitas ocasiões, se limitam ao momento que o tema é tratado.

Paulo escreve a uma igreja que tinha um profundo interesse e anseio pela volta de Jesus. A igreja de Tessalônica foi conhecida como uma comunidade de verdadeiros cristãos. O testemunho deles era marcante. Houve conversão genuína entre eles. O assunto se tornou tão debatido entre eles que uma segunda carta foi escrita para trazer equilíbrio aqueles irmãos.

No capítulo 5 vemos Paulo trazendo algumas orientações importantes para a igreja. Orientações essas que são essenciais para mim e para você.

Como eu e você devemos aguardar a volta de Jesus:

1. Mantenha acesa a expectativa da volta de Jesus em seu coração

Nós não sabemos quando ele voltará – v.1 Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva;

Todos nós gostamos de uma agenda pre-definida, mas nesse caso a única coisa que fica definida é que precisamos manter acesa a chama em nossos corações. Os discípulos perguntaram a Jesus quando ele voltaria e vejam a sua resposta: Atos 1:6,7 Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;

Paulo alerta aqui que será uma surpresa para todos – v.2 pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite.

Jesus já tinha dito isso em Lucas 12:39,40 Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, [vigiaria e] não deixaria arrombar a sua casa. Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.

Ele virá quando todos se sentirem seguros e confortáveis – v.3a Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição,

Todos vivenciarão esse momento – para uns glória, para outros terror – v.3b como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão.

Essa tem sido uma frase que precisamos repetir continuamente - de repente Jesus voltará. Preciso deixar o meu coração em chamas aguardando com santa expectativa a sua volta.

2. Cuidado com a maneira como você está vivendo – v.4,5

Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas.

Paulo é enfático aqui. Em outras palavras, você já sabe em qual time você joga. Se você se diz cristão, então viva como cristão. Declarar-se cristão e viver como um pagão e abominação diante de Deus.

Você acredita na expressão “uma vez salvo, salvo para sempre”? Eu acredito nisso. Acredito porque a salvação não vem de mim e de você, mas de Deus – Efésios 2:8,9 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.

Acredito porque Jesus afirmou dessa forma – João 10.27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.

Mas também acredito que se eu interpretar mal essa doutrina, posso deixar entre nós ensinamentos perigosos. Um deles é: como estou salvo, mesmo que esteja em pecado na volta de Jesus, serei levado e estarei com ele eternamente.

Não se iluda – o salário do pecado é a morte. Romanos 6.23 porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Sem santificação ninguém verá a Deus. Hebreus 12:14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

Avalie se de fato você é um salvo. Salvo pode pecar, mas não vive em pecado. Salvo busca diariamente a santificação. Salvo prossegue para o alvo continuamente e o alvo é Jesus. A possibilidade de estar na igreja, ser batizado, trabalhar na igreja, ter momentos cheios de emoção, vivenciar experiências espirituais e não ser salvo é bíblica.

Veja o que diz Hebreus 6: 4-6 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.

Um excelente exemplo de alguém que vivenciou tudo e não era salvo – Judas. Você pode me dizer, mas Judas traiu Jesus e era um ladrão. Só sabemos disso porque Jesus revelou e 70 anos depois foi escrito nos evangelhos. Judas nunca foi um discípulo qualquer. A sua vida era marcante no meio dos apóstolos. A sua dedicação e o seu interesse em servir eram percebidos por todos. Jesus sabia qual o interesse presente no coração de JUDAS. Sabia qual o maior objetivo da sua vida. Mas os discípulos não. Quando foram informados da traição, ninguém imaginava quem o seria. Todos estavam juntos e participavam de todos os momentos com Jesus. Quando Judas se aproximou de Jesus, no Getsêmani, nenhum dos discípulos pensou que aquele fosse o momento da traição. A atitude de Judas foi a mais carinhosa possível. Quando ele beijou a Jesus, diante de todos, expressou um profundo gesto de afeição.

Provavelmente foi batizado, treinado, evangelizou, expulsou demônios, vibrou quando viajou e voltou trazendo noticias de cura e libertação, mas não tinha de fato se convertido a Jesus.

Jesus explicou isso: Mateus 7:21-23 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.

Como posso saber que sou salvo? A mudança de vida e comportamento – 2 Coríntios 5.17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas; O testemunho do Espírito Santo nos nossos corações – Romanos 8:16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus; Os frutos que produzimos – Mateus 7:20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.

3. Fique esperto sempre – v.6-8a

Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. Ora, os que dormem dormem de noite, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios,

As expressões aqui são em forma de metáfora e trazem significados profundos: Dormir – significa viver como se nunca houvesse de vir um dia de juízo; estar despreparado; Vigilante – significa viver uma vida santificada, consciente da vinda do dia do juízo. A incerteza (de nossa parte) do dia e hora do retorno de Cristo é uma razão para a vigilância; temos inimigos visíveis e invisíveis; precisamos estar espiritualmente despertos; isso implica num hábito regular de oração; Sóbrios – significa estar cheio de ardor moral e espiritual, vivendo de maneira profunda e coerente.

Todos os dias precisamos passar a nossa vida por um checklist. Todos os dias precisamos avaliar como estamos vivendo. Em nenhum momento nos afastamos de Deus de uma só vez. Nós nos afastamos de Deus e da comunhão com ele aos poucos. Um pouco a cada dia e, quando acordamos, estamos tão afundados no pecado e tão distantes de Deus que não sabemos mais o que fazer para retornar.

4. Revista-se com o que Deus deixou preparado para você – v.8

revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;

Precisamos nos proteger, proteger a nossa convicção em Cristo. Couraça era uma peça da armadura do soldado romano que cobria o peito, ombro e as costas contra ataques do inimigo. Diariamente seremos atacados por todo tipo de investida, do mundo, do nosso eu e do diabo. Serão sempre ações com o objetivo de nos afastar de Deus e impedir o avanço da nossa carreira cristã. Revestir-se da fé é ter um conhecimento seguro de Deus e de suas promessas, bem como uma vigorosa convicção de que todos os seus pecados foram perdoados em Cristo Jesus.

Paulo também cita o amor e o coloca como uma veste tipo couraça que deve tomar conta e proteger a nossa vida. Significa entregar o nosso ego a Deus, tornando-o o nosso maior deleite, no espírito de alegria e gratidão.

Como capacete a esperança da salvação. A esperança sempre olha para o futuro. Em outras palavras, proteja a sua mente contra toda a sedução do mundo, contra todos os ataques das trevas.

Lembre-se sempre que um dia você foi resgatado das trevas por Jesus e transportado para o seu reino. Se você foi salvo então viva como um salvo. Se você ainda não teve esse encontro com Jesus e não tem a certeza da sua salvação, então entregue-se a ele hoje e conheça o mais fascinante estilo de vida que alguém pode viver - ser nova criatura em Cristo Jesus.

5. Firme a sua vida em Cristo – v.9,10

porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele.

O desejo de Deus é que alcancemos a salvação mediante Jesus. Ele morreu para que fôssemos salvos. Se queremos dar sentido a nossa vida aqui na terra, precisamos entrega-la a Jesus. Jesus é o único caminho para Deus. Não é o fato de sermos religiosos ou assíduos frequentadores de cultos que garantirá a nossa salvação, mas uma entrega pessoal e real a ele. Precisamos reconhecer que somos pecadores, nos arrependermos dos nossos pecados e entregarmos a nossa vida por completo a Jesus. O mais importante no dia final é que sejamos encontrados nele.

6. Mantenha a comunhão com o corpo de Cristo – a Igreja – v.11

Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente, como também estais fazendo.

A melhor forma de manter a chama acesa é através da comunhão com o corpo de Cristo, a igreja. Seja isso nas celebrações ou nos grupos pequenos. Precisamos viver igreja.

Igreja é idéia de Jesus. Ele se encarregou de edificar a sua igreja. Eu não estou falando de instituição localizada em determinado espaço. Estou falando do corpo vivo de Cristo.

Eu vivo igreja quando pastoreio e sou pastoreado, quando exorto e sou exortado, quando admoesto e sou admoestado, quando sirvo e sou servido, quando fortaleço e sou fortalecido, quando choro com quem chora e me alegro com quem se alegra, quando exerço o meu papel como sacerdote, quando entendo e vivencio os mandamentos recíprocos de "uns aos outros" deixados pelo Senhor na sua Palavra.

Eu não abro mão de viver igreja. Eu preciso da igreja. Jesus deixou a sua igreja.

O que eu puder fazer para que a instituição fique bem parecida com a igreja, farei. Para que todos que se aproximem e congreguem conosco possam experimentar que estar aqui é aprender com Jesus que as nossas cargas não são somente nossas, mas dividimos o peso com outros irmãos.

O que eu puder fazer para que a igreja que faço parte seja um lugar de graça e sustentação para o fraco, eu farei. Para que todos aqueles que estivem cansados e sobrecarregados possam ser completamente aliviados e possam conhecer o amor de Jesus e possam se dedicar a ele de todo o coração.

Jesus vai voltar outra vez aqui. Estejamos preparados porque será de repente, quando menos esperarmos!

Uma boa semana

Ricardo Carvalho


domingo, 16 de junho de 2013

ALCANÇANDO A VERDADEIRA INTIMIDADE

Cantares 6:3a Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...
Cantares 7:10 Eu sou do meu amado, e ele tem saudades de mim.

Li algo muito interessante no livro de Gary Chapman, “A família que você sempre quis”. Gary compartilha sobre intimidade e mostra o quanto ela é necessária para que alcancemos um relacionamento profundo.

Mais do que nunca, necessitamos de intimidade nos relacionamentos. Nesse contexto virtual, onde as emoções só são expressas nas redes sociais, que de sociais não tem nada, pois todas elas acontecem entre nós e os nossos eletrônicos (computadores, smartphones, etc.).

Se é para ter momentos de alegria e colocar pra fora as emoções vejo surgir, no contexto onde estou inserido, os chamados grupos pequenos. E aqui faço uma crítica aos grupos pequenos no meu contexto. A “koinonite” tem tomado conta desses grupos. Estão se tornando tão amigos, que estão esquecendo de abrir espaço para outras pessoas. E, pasmem, eles acham que está tudo bem.

É nesse contexto que vejo muitas famílias sendo envolvidas. A intimidade tem desaparecido, pois expressam tudo nas redes sociais e somente lá, bem como se “apaixonaram” por viver somente em grupos.

E a vida a dois? E a conversa contínua e rotineira olho no olho? Tenho certeza que muitos desses que são tão animados e felizes nas redes e nos grupos não são os mesmos em casa.


Gary Chapman fala sobre cinco aspectos da intimidade que precisam estar presentes nos nossos relacionamentos.

1. Intimidade Intelectual – quando revelamos os nossos pensamentos

O nosso mundo acontece nos nossos pensamentos. Os nossos desejos são todos vivenciados nos nossos pensamentos. Estamos sempre repletos de pensamentos.

O grande problema é que estamos nos acostumando a viver dentro da própria mente. Como consequência disso, paramos de dividir com o nosso cônjuge o que estamos pensando ou desejando.

Gary diz que “para obter intimidade, devemos optar por revelar alguns desses pensamentos um ao outro. Não é compartilhar todos os pensamentos, pois seria absurdo. Viver com a opção de não revelar nenhum pensamento é a garantia de morte da intimidade.”

Ele não fala de discutir assuntos intelectuais, mas compartilhar um pouco do que passou na nossa mente durante o dia.

Seja sincero ao responder “no seu pensamento” essa pergunta: Você tem dividido os seus pensamentos com o seu cônjuge?

2. Intimidade Emocional – quando discutimos nossos sentimentos

Do jeito que temos sido tão corajosos nas redes sociais e em um “grupão de amigos”, como seria bom que tivéssemos liberdade de expor as nossas emoções positivas e negativas com o nosso cônjuge.

Compartilhar o que está sentindo, seja bom ou ruim, faz parte da construção de um relacionamento íntimo e profundo. Deixar que o seu cônjuge penetre no mundo das suas emoções pode fazer uma enorme diferença na sua família.

Gary diz: “Quando contamos ao cônjuge as emoções que sentimos, o incluímos numa parte poderosa da nossa vida”.

3. Intimidade Social – quando passamos tempo juntos e conversamos sobre o tempo que passamos separados

Fazer coisas juntos. Preciso dizer a você que isso é fantástico. Tenho experimentado isso na minha vida. Amo grupos, tenho muitos amigos, mas sou apaixonado por momentos a sós com minha esposa e meus filhos e noras. Temos curtido muito fazer coisas juntos. Isso tem gerado em nós uma cumplicidade social maravilhosa.

E falar do que experimentamos quando estamos separados? Tem sido um hábito nas nossas vidas.

Gary sugere algo interessante: “Quando relatamos esses acontecimentos, passamos a sentir que fazemos parte da experiência do outro. Estabelecer a prática do ‘momento diário de compartilhamento’, no qual cada um conta ao outro pelo menos ‘três coisas que aconteceram na minha vida hoje e como me senti em relação a elas’".

Mesmo sem ter essa proposta antes, já costumo vivenciar momentos assim com Bel e os meninos.

4. Intimidade espiritual – quando abrimos nossa alma um ao outro

Esse aspecto talvez seja um dos mais negligenciados pelos casais. Parece que a individualidade tem tomado conta da nossa espiritualidade. Espiritualidade é feita de momentos a sós com Deus, mas também é feita de momentos de comunhão com o próximo.

Foi lendo esse material que aprendi que a intimidade espiritual é estimulada não apenas pela comunicação verbal, mas também pela experiência compartilhada – exemplo: frequentar juntos as celebrações; dar as mãos durante as orações; anotar as mensagens; orar juntos.

Gary comenta: “Duas pessoas unidas em oração honesta descobrirão um profundo senso de unidade espiritual”.

Ele complementa o seu comentário com uma sugestão tremenda: “Se você acha desconfortável orar verbalmente, faça orações silenciosas. Nenhuma palavra é dita em voz alta, mas o coração de um se aproxima do coração do outro”.

Aprenda a abrir a sua alma diante do seu cônjuge. Você não imagina o quanto isso trará intimidade a vocês.

5. Intimidade física – quando compartilhamos nosso corpo

Acho que não preciso me deter muito nesse aspecto da intimidade. Entendo que descobrindo as diferenças presentes nos homens e nas mulheres podemos construir uma intimidade física satisfatória e complementadora dos demais aspectos da intimidade.

O que tiro como conclusão de tudo isso é que precisamos redescobrir a intimidade. Precisamos ficar atentos, pois os vilões da superficialidade estão tomando conta de nós. Somos virtuais demais, gostamos muito do coletivo e estamos perdendo de vista a busca pela intimidade conjugal.

Que Deus nos desperte!

Tenha uma ótima semana.

Ricardo Carvalho