João 14:8-15
O momento de Jesus com os discípulos no texto que lemos era de profunda intimidade. Jesus estava confortando eles enquanto anunciava a sua partida. No meio da conversa, Filipe, um dos discípulos pediu a Jesus que mostrasse a eles o Pai e isso era o suficiente.
Jesus soltou uma frase que repercute até hoje em nosso meio – Há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Parece que ele estava falando comigo e com você naquele momento. Andamos há tanto tempo com Jesus e não o conhecemos. Somos discípulos e não usufruímos do seu poder. Oramos em seu nome e, por vezes, nem sabemos o que isso significa.
Se existem coisas que me intrigam na Bíblia, uma delas é o que Jesus disse mais adiante, continuando a conversa com os discípulos: “E tudo quanto pedirdes EM MEU NOME, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho”. Foram esses mesmos discípulos que diante de uma manifestação de poder acalmando o mar perguntaram uns aos outros, “quem é esse?” Parece que também nós não conseguimos saber e experimentar aquilo que Jesus deixou para nós. Parece que algo atrapalha o nosso crescimento e impede as nossas conquistas.
Você sabe o que significa o nome no pensamento judeu? Nome nos dias de Cristo incluía três coisas: A pessoa, tudo o que sabemos sobre a pessoa e a pessoa efetivamente presente.
Quem é Jesus – Paulo define muito bem em Colossenses 1:13-23 – Ele é o Senhor do universo, é eterno, está ativo e nada do que foi feito, sem ele se fez. Esse Jesus, todo-Poderoso, um dia se fez carne, habitou entre nós, manifestou a sua glória, morreu na cruz, derramando o seu sangue para que eu e você fôssemos salvos. No terceiro dia, ressuscitou dentre os mortos. Subiu aos céus, está vivo e um dia voltará para buscar os que são seus.
Esse Jesus é o Senhor da igreja, trabalha e passeia no meio da igreja. Tem o controle e primazia sobre a igreja. Trabalha na minha vida e na sua vida de tal forma que um dia seremos apresentados a Deus, santos, inculpáveis e irrepreensíveis. Cabe a nós perseverar firmes nEle todos os dias da nossa vida.
Foi esse Jesus que disse aos seus discípulos: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores farão, porque eu vou para junto do Pai”. Disse mais: “Se me pedirdes algumas coisa em meu nome, eu o farei”. Jesus nos deu o direito legal de nós usarmos o seu nome.
Ler declarações presentes nas Escrituras mexem comigo. Há de fato poder no nome de Jesus. Nome que perdoa, que cura, que salva.
Que nome maravilhoso e poderoso... mas o que fazer para usufruir deste nome? Eu não posso usar esse nome de qualquer maneira. Jesus trouxe essa palavra aos seus discípulos e ser discípulo de Jesus traz implicações sérias:
Romanos 10:9-10
Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
O que aprendo com Paulo é que o meu compromisso com ele deve ser radical. Isso envolve a minha forma de pensar, envolve o meu comportamento, envolve a minha forma de olhar para as pessoas, significa que precisarei me posicionar, mesmo que isso possa trazer cadeias e prisões a mim e, por fim, se ele é Senhor da minha vida, meu campo de atuação é o mundo e o que puder fazer para que o nome de Jesus seja conhecido, eu farei.
Aprendo então, depois de meditar sobre esses textos, pelo menos 7 verdades:
Verdades que envolvem compromisso:
1. Eu não posso usufruir do Nome de Jesus se eu não estiver em Jesus – em unidade espiritual com ele, ligado a ele, tê-lo em mim – preciso ser discípulo de Jesus.
2. Enquanto não me conformo à natureza dele, não tenho como experimentar do poder que há nesse nome – preciso ser servo, refletir o seu caráter.
3. Não dá para usufruir do poder que há nesse nome se não utilizo para a sua causa – acima de tudo preciso descobrir a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Verdades que envolvem vitória na oração:
4. Quando uso o Nome de Jesus, trago ele como a minha referência e isso garante a minha aproximação com o Pai e a vitória contra o Reino das trevas.
5. Quando uso o Nome de Jesus, juntamente com o Nome, estou reivindicando a vitória de Cristo no calvário que foi suficiente para suprir todas as minhas necessidades.
6. Quando uso o Seu nome, reconheço a Sua posição como o ungido de Deus. Nele está o amém. Nele, quantas forem as promessas de Deus, encontrarei o sim.
7. Quando uso o Nome de Jesus, trago juntamente com esse nome toda a autoridade que há em Jesus.
Todas as vezes que você orar em nome de Jesus...
Lembre do que esse nome representa, alegre-se nesse nome, expresse esse nome com amor, creia nesse nome, faça pedido de oração sempre nesse nome, use toda a autoridade que há nesse nome, santifique a sua oração nesse nome, torne Jesus o seu sócio na oração, honre o nome dele, vença o diabo e, faça tudo, mas tudo mesmo, em NOME DE JESUS.
Colossenses 3:17
E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.
Que Deus abençoe a sua vida, em Nome de Jesus
Ricardo Carvalho
segunda-feira, 29 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
UMA HISTÓRIA QUE MUDOU A MINHA VIDA! Por Ricardo Carvalho
Preciso contar uma história pra vocês!
Existem experiências na nossa vida que se tornam inesquecíveis. Uma delas mudou por completo a minha história. Há anos atrás fui enviado para trabalhar em outro país por ordem do governo. Era um povo de língua estranha e uma religião diferente da minha. Sob o meu comando estavam vários outros soldados e o nosso principal objetivo era manter a ordem na cidade. Nos dias de feiras e festas as coisas se complicavam bastante.
No começo tudo foi muito tranquilo e a força do nosso comando estabelecia a ordem com facilidade. Naquele país, os crimes eram punidos com a morte e não se esperava muito para executar a sentença. Por mais que eu não concordasse com aquilo, tinha que obedecer, pois eram ordens inquestionáveis.
Todos os anos havia uma festa muito importante para aquele povo. Eram dias de trabalhos intensos para mim e para os homens que estavam sob o meu comando. Em uma dessas festas, estávamos descansando e nos preparando para um novo turno, quando fomos chamados às pressas pelo governador. Um tumulto havia se formado na cidade. Os líderes religiosos daquele povo eram bem radicais em sua convicções. Quando chegamos na praça central, onde estava o palácio do governador, parecia que uma guerra estava iniciando. A cidade inteira havia se deslocado para aquele lugar e os religiosos estavam diante do governador acusando um homem de tentar persuadir o povo a se rebelar contra o governo e contra os seus costumes e práticas religiosas. Logo fomos colocados diante do governador para manter a ordem.

Eu não conhecia aquele homem, mas como era apresentado como um homem perigoso, eu e os meus homens fomos colocados como responsáveis para guardar aquele acusado. Esse dia foi marcante para a minha vida. Eu nunca tinha visto o povo tão irado, nem tampouco o governador meio perdido, sem saber qual decisão tomar diante do ocorrido. Por mais que procurasse uma justificativa para o levante da população, nada era encontrado para consolidar tais acusações. Em algumas ocasiões olhei para aquele homem e ele ficava calado o tempo inteiro. O seu rosto, muito machucado pelos socos e tapas, transmitia uma certa paz para quem olhava. Estranho, muito estranho.
Algumas coisas precisavam ser feitas. Eram as leis daquele governo. Antes mesmo do julgamento final, o acusado era punido com açoites. Eu precisei fazer isso. Ele não reagiu! Gritava de dor, mas nada mais saía dos seus lábios! Por mais que a gente tente ser gente em todos os momentos, as coisas acontecem tão rápido e são tantas ordens, que agimos de forma automática em muitas situações assim.

Eu confesso que dificilmente parava para olhar para um condenado, mas nesse dia fui levado a olhar para esse de forma diferente. Eu não conseguia entender o que me fazia olhar para ele! Eu não sei o que era, mas sei que havia algo diferente nele. Eu nunca vi uma pessoa receber tantas acusações, ser violentamente agredido e ficar calado. Ele fez isso!
Estava bem perto do governador quando ele recebeu um recado da sua esposa dizendo que tinha sonhado com aquele homem e que ele não deveria tomar nenhuma posição. O governador estava inquieto e sendo muito pressionado pelos religiosos daquele lugar. Várias tentativas de libertar aquele homem foram feitas, mas a pressão do povo e religiosos levou o governador a fazer uma pergunta a todo o povo: O que devo fazer com esse homem. A resposta foi unanime: ele deve ser morto. Não havia mais o que fazer. Fui chamado para conduzi-lo até o local onde seria morto.
Naquele país, a morte era lenta e dolorosa e os materiais necessários para aplicar a pena de morte tinham que ser carregados pelo condenado numa espécie cortejo até o local. Eu fui o responsável pela condução, guarda e execução da pena. A distância entre o palácio e o local da execução não era tão grande, mas confesso a vocês que naquele dia parecia que estávamos há horas caminhando quilômetros de distância. Ele caminhava calado, carregando todo o peso dos objetos que seriam utilizados para a sua morte. Num determinado momento, faltou-lhe forças e ele caiu. Dei ordem para que ele se levantasse. Meu coração estava partido naquele momento, mas eu tinha que fazer isso. Ele não conseguia levantar. Foi quando olhei no meio da multidão e chamei um homem para ajuda-lo. Aquele homem não queria, mas eu o obriguei a fazer aquilo. Continuamos o cortejo e, em alguns momentos, quando olhava para ele, via a tristeza no seu rosto, mas a paz continuava sendo transmitida de alguma forma. Chegamos até o local da execução! Os soldados que trabalhavam comigo me perguntaram se poderiam proceder a montagem dos aparelhos e executar o condenado. Eu autorizei eles a irem em frente.
Lembra que eu disse que a morte era lenta e dolorosa? Essa era a pior parte pra mim. Eu tinha que ficar lá até o final. Aquelas horas pareciam uma eternidade pra mim! Haviam outros condenados ali, mas a minha responsabilidade era conduzir e executar aquele que era o mais perigoso para os religiosos da época. Normalmente os acusadores e outras poucas pessoas participavam desses momentos de execução, mas nesse dia muita gente estava presente. Eu tinha que manter as pessoas afastadas para que a execução acontecesse, mas não podia obrigar a multidão que ficasse calada. Naquele dia os religiosos estavam em peso lá. Nunca tinha visto isso antes. Eles eram o que mais gritavam e zombavam daquele que estava sendo executado.
Ele ouvia tudo em silêncio e olhava para cada pessoa que ali estava. Não sei como conseguia olhar para as pessoas. Eu estava resolvendo alguma pendência quando, de repente, ouço a voz daquele homem. Ele fez um pedido a Deus! Aquilo foi assustador pra mim. Como pode alguém que está sendo executado pedir a Deus que perdoe aqueles que estavam ali porque eles não sabiam o que estavam fazendo? A mãe dele estava lá. Eu vi a dor no rosto daquela mulher. Ele falou com ela e pediu a um grande amigo seu que cuidasse dela. Aquela mulher chorou muito ao ouvir o seu filho. Ele falou ainda algumas vezes, mas depois silenciou durante algumas horas.
De repente, quando todos estavam meio que distraídos, ele voltou a falar. A sua última fala aconteceu logo após um grande grito. Ele olhou para o céu e disse a Deus que tinha feito o que tinha sido colocado em suas mãos.
Ele disse: Deus, está tudo pronto!
Eu não entendi aquela frase. Como está tudo pronto, se ele está morrendo? Aí ele soltou a última frase: Nas tuas mãos entrego o meu espírito! Curvou a cabeça, fechou os olhos e deu o seu último suspiro!
O tempo mudou, o chão tremeu! Eu nunca tinha visto algo parecido antes.
Naquele momento, uma forte convicção veio ao meu coração. Aquele não era um homem comum, não era um assassino, não era alguém culpado de algum crime. Eu olhei para ele cravado naquele madeiro, naquela cruz e as únicas palavras que saíram dos meus lábios foram:
VERDADEIRAMENTE ESTE É O FILHO DE DEUS.
Eu sou aquele centurião que participou de todos os momentos, lado a lado com aquele homem. Eu conheci de perto o Filho de Deus!
Centurião Romano
Existem experiências na nossa vida que se tornam inesquecíveis. Uma delas mudou por completo a minha história. Há anos atrás fui enviado para trabalhar em outro país por ordem do governo. Era um povo de língua estranha e uma religião diferente da minha. Sob o meu comando estavam vários outros soldados e o nosso principal objetivo era manter a ordem na cidade. Nos dias de feiras e festas as coisas se complicavam bastante.
No começo tudo foi muito tranquilo e a força do nosso comando estabelecia a ordem com facilidade. Naquele país, os crimes eram punidos com a morte e não se esperava muito para executar a sentença. Por mais que eu não concordasse com aquilo, tinha que obedecer, pois eram ordens inquestionáveis.
Todos os anos havia uma festa muito importante para aquele povo. Eram dias de trabalhos intensos para mim e para os homens que estavam sob o meu comando. Em uma dessas festas, estávamos descansando e nos preparando para um novo turno, quando fomos chamados às pressas pelo governador. Um tumulto havia se formado na cidade. Os líderes religiosos daquele povo eram bem radicais em sua convicções. Quando chegamos na praça central, onde estava o palácio do governador, parecia que uma guerra estava iniciando. A cidade inteira havia se deslocado para aquele lugar e os religiosos estavam diante do governador acusando um homem de tentar persuadir o povo a se rebelar contra o governo e contra os seus costumes e práticas religiosas. Logo fomos colocados diante do governador para manter a ordem.
Eu não conhecia aquele homem, mas como era apresentado como um homem perigoso, eu e os meus homens fomos colocados como responsáveis para guardar aquele acusado. Esse dia foi marcante para a minha vida. Eu nunca tinha visto o povo tão irado, nem tampouco o governador meio perdido, sem saber qual decisão tomar diante do ocorrido. Por mais que procurasse uma justificativa para o levante da população, nada era encontrado para consolidar tais acusações. Em algumas ocasiões olhei para aquele homem e ele ficava calado o tempo inteiro. O seu rosto, muito machucado pelos socos e tapas, transmitia uma certa paz para quem olhava. Estranho, muito estranho.
Algumas coisas precisavam ser feitas. Eram as leis daquele governo. Antes mesmo do julgamento final, o acusado era punido com açoites. Eu precisei fazer isso. Ele não reagiu! Gritava de dor, mas nada mais saía dos seus lábios! Por mais que a gente tente ser gente em todos os momentos, as coisas acontecem tão rápido e são tantas ordens, que agimos de forma automática em muitas situações assim.
Eu confesso que dificilmente parava para olhar para um condenado, mas nesse dia fui levado a olhar para esse de forma diferente. Eu não conseguia entender o que me fazia olhar para ele! Eu não sei o que era, mas sei que havia algo diferente nele. Eu nunca vi uma pessoa receber tantas acusações, ser violentamente agredido e ficar calado. Ele fez isso!
Estava bem perto do governador quando ele recebeu um recado da sua esposa dizendo que tinha sonhado com aquele homem e que ele não deveria tomar nenhuma posição. O governador estava inquieto e sendo muito pressionado pelos religiosos daquele lugar. Várias tentativas de libertar aquele homem foram feitas, mas a pressão do povo e religiosos levou o governador a fazer uma pergunta a todo o povo: O que devo fazer com esse homem. A resposta foi unanime: ele deve ser morto. Não havia mais o que fazer. Fui chamado para conduzi-lo até o local onde seria morto.
Naquele país, a morte era lenta e dolorosa e os materiais necessários para aplicar a pena de morte tinham que ser carregados pelo condenado numa espécie cortejo até o local. Eu fui o responsável pela condução, guarda e execução da pena. A distância entre o palácio e o local da execução não era tão grande, mas confesso a vocês que naquele dia parecia que estávamos há horas caminhando quilômetros de distância. Ele caminhava calado, carregando todo o peso dos objetos que seriam utilizados para a sua morte. Num determinado momento, faltou-lhe forças e ele caiu. Dei ordem para que ele se levantasse. Meu coração estava partido naquele momento, mas eu tinha que fazer isso. Ele não conseguia levantar. Foi quando olhei no meio da multidão e chamei um homem para ajuda-lo. Aquele homem não queria, mas eu o obriguei a fazer aquilo. Continuamos o cortejo e, em alguns momentos, quando olhava para ele, via a tristeza no seu rosto, mas a paz continuava sendo transmitida de alguma forma. Chegamos até o local da execução! Os soldados que trabalhavam comigo me perguntaram se poderiam proceder a montagem dos aparelhos e executar o condenado. Eu autorizei eles a irem em frente.
Lembra que eu disse que a morte era lenta e dolorosa? Essa era a pior parte pra mim. Eu tinha que ficar lá até o final. Aquelas horas pareciam uma eternidade pra mim! Haviam outros condenados ali, mas a minha responsabilidade era conduzir e executar aquele que era o mais perigoso para os religiosos da época. Normalmente os acusadores e outras poucas pessoas participavam desses momentos de execução, mas nesse dia muita gente estava presente. Eu tinha que manter as pessoas afastadas para que a execução acontecesse, mas não podia obrigar a multidão que ficasse calada. Naquele dia os religiosos estavam em peso lá. Nunca tinha visto isso antes. Eles eram o que mais gritavam e zombavam daquele que estava sendo executado.
Ele ouvia tudo em silêncio e olhava para cada pessoa que ali estava. Não sei como conseguia olhar para as pessoas. Eu estava resolvendo alguma pendência quando, de repente, ouço a voz daquele homem. Ele fez um pedido a Deus! Aquilo foi assustador pra mim. Como pode alguém que está sendo executado pedir a Deus que perdoe aqueles que estavam ali porque eles não sabiam o que estavam fazendo? A mãe dele estava lá. Eu vi a dor no rosto daquela mulher. Ele falou com ela e pediu a um grande amigo seu que cuidasse dela. Aquela mulher chorou muito ao ouvir o seu filho. Ele falou ainda algumas vezes, mas depois silenciou durante algumas horas.
De repente, quando todos estavam meio que distraídos, ele voltou a falar. A sua última fala aconteceu logo após um grande grito. Ele olhou para o céu e disse a Deus que tinha feito o que tinha sido colocado em suas mãos.
Ele disse: Deus, está tudo pronto!
Eu não entendi aquela frase. Como está tudo pronto, se ele está morrendo? Aí ele soltou a última frase: Nas tuas mãos entrego o meu espírito! Curvou a cabeça, fechou os olhos e deu o seu último suspiro!
O tempo mudou, o chão tremeu! Eu nunca tinha visto algo parecido antes.
Naquele momento, uma forte convicção veio ao meu coração. Aquele não era um homem comum, não era um assassino, não era alguém culpado de algum crime. Eu olhei para ele cravado naquele madeiro, naquela cruz e as únicas palavras que saíram dos meus lábios foram:
VERDADEIRAMENTE ESTE É O FILHO DE DEUS.
Eu sou aquele centurião que participou de todos os momentos, lado a lado com aquele homem. Eu conheci de perto o Filho de Deus!
Centurião Romano
domingo, 14 de abril de 2013
ENCONTRANDO O MELHOR NO PIOR
Jó 1:20-22 e 2:8:10
Foi exatamente isso que descobri na vida de Jó. Ele conseguiu encontrar o melhor nos piores momentos da sua história. Em um só dia, recebeu notícias ruins seguidas por outras ainda piores. Se há uma lógica no texto, isso aconteceu no início de um novo ciclo de festividades dos filhos de Jó. Sendo assim, essas desgraças aconteceram logo depois de um tempo de culto a Deus com os sacrifícios oferecidos ao Senhor. Imagine receber notícias estonteantes logo depois de um momento de paz com o Senhor.
Num só dia Jó recebeu notícias, uma atrás da outra, com tragédias que envolviam a sua vida, começando com os seus bens e empregados e culminando com a morte dos seus filhos. Primeiro os sabeus, algo inusitado, pois esse povo era conhecido como mercadores e nunca como bandidos. Fogo de Deus era uma expressão comumente usada para raios que caiam do céu naqueles dias. Algo incomum também aqui, afinal foram 7.000 ovelhas mortas. Outra tragédia incomum foi a formação feita pelos caldeus com 3 bandos para levar os camelos. O pior evento foi uma espécie de redemoinho atingindo exclusivamente aquela residência onde os filhos de Jó estavam reunidos.
Ele ouviu as notícias ruins seguidas de outras piores. Não teve nem tempo de respirar ou tentar entender o que aquilo significava. Foi uma atrás da outra. A forma como ele reagiu nesse primeiro momento nos impressiona. Dificilmente encontramos o melhor no pior. O melhor estava ali, apesar de tudo, e Jó o encontrou. As reações e atitudes daquele homem demonstraram isso. Vejamos:
1. Encontrou forças para ficar de pé – v.20
Tragédias, tribulações, sempre nos derrubam. Encontrar forças nesses momentos não é fácil. A Bíblia diz que Jó se levantou. Parece um simples gesto, mas nos mostra força para ir em frente apesar de tudo. Eu sei o que significa ter o mundo desabando sobre a cabeça. Tribulações se tornam sempre um peso que nos empurra para o chão. Encontrar forças nesses momentos não é fácil. Enxergar esperança onde não há mais esperança, parece algo impossível. Jó se levantou!
Força na fraqueza – já viu isso na Bíblia? 2Co 12.10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.
Seremos por vezes lançados ao chão, mas em Deus podemos encontrar forças para ficar de pé. O grande segredo é encontrar o melhor no pior. Ele achou o melhor naquele momento. 2Co 4.8,9 Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
2. Expressou a sua mágoa e decepção – v.20b
homens de posição naquela época usavam um manto por cima da túnica. O gesto de rasgar esse manto era a foram de expressar mágoa pelo acontecido.
Expressar sentimentos não é pecado. Existe uma enorme diferença entre apresentar as suas queixas e viver a murmurar. Apresentamos as nossas queixas quando estamos sofrendo e Deus tem toda a paciência para nos ouvir.
Murmurar é se queixar, lastimar, falar mal, apontar falta, fazer mau juízo de alguém ou de alguma coisa. O murmurador é uma pessoa sem fé, altamente insegura. Vai murmurar em qualquer situação. Uma pessoa cheia de fé vai louvar o senhor em qualquer situação. O murmurador encontra defeito em tudo. O murmurado começa a murmurar primeiro em seu coração e depois com a sua boca (Mateus 12:34). E não depende das circunstancias, porque é um estilo de vida, uma cultura criada, um estado de espírito. É uma doença emocional muito grave.
Queixar-se é fazer uma reclamação justa, lamentar o sofrimento que está passando. Quando encontramos o melhor no pior, até lamentamos e expressamos a nossa decepção, mas não permitimos que a murmuração tome conta da nossa vida.
Tenho aprendido a expressar aquilo que estou sentindo. Se está doendo, então está doendo e não dá para sorrir. Se estou sofrendo, preciso deixar claro diante de Deus toda a minha dor e sofrimento. Em nenhum momento sou condenado na Bíblia por fazer isso. Sempre que encontro o melhor no pior, aprendo a colocar pra fora de forma correta os meus sentimentos. E Deus me consola e ajuda em todos eles.
3. Viveu a tristeza que o momento trazia – v.20c
Raspar a cabeça era costume da Mesopotâmia e Cannã. Era parte do ritual de luto da época. Não havia instrução na lei nesse sentido, mas era entendido na época perfeitamente. O luto faz parte da história humana. Ninguém pode pular o tempo de luto. Se você não vive o luto no momento em que ele deve ser vivido, mais adiante consequências virão. Se você está triste hoje, chore o que for necessário! Viva o seu luto. Se o nosso Senhor chorou diante da dor e da morte, por que não podemos nós também fazer o mesmo?
Quem encontra o melhor no pior, não finge sentir algo que não está presente. É autêntico e não abre mão de ser verdadeiro.
4. Lançou-se em terra e adorou a Deus
Como adorar quando estamos tomados pela dor, tristeza e decepção? Só conseguimos fazer isso quando encontramos o melhor no pior. A Bíblia nos ensina que fomos criados para agradar a Deus e adorá-lo para sempre. Dar prazer a Deus e agradá-lo é o que chamamos de adoração. Adoração não é música apenas, nem tampouco é algo que serve para o nosso próprio prazer. Adoração é para Deus. Se a celebração estiver desassociada da adoração, ela se torna meramente circunstancial e movida pelas ocorrências positivas da vida. Por guardarmos conceitos errados sobre celebração não conseguimos entender atitudes como a de Jó, que adorou a Deus logo após ter perdido tudo, nem a de Paulo e Silas na prisão, que mesmo açoitados e machucados puderam exaltar a Deus com altos louvores. Celebração é para toda vida, em momentos de alegria ou pesar. Isso significa que não importa o que estamos passando ou enfrentando. Sabemos que Deus está conosco e que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Essa atitude mostra claramente que ele encontrou o melhor no pior.
5. Pronunciou profundas declarações de fé – v.21
5.1. Sei exatamente o valor da vida terrena. "Nu saí... Nu voltarei"
5.2. Deus tem o controle de tudo na minha vida "O Senhor o deu..."
5.3. Que em todo tempo Deus seja glorificado "bendito o nome do Senhor"
Isso é descobrir o melhor no pior. Jó vê somente a mão de Deus em sua vida. Apesar de trágicos eventos, ele não amaldiçoa os salteadores, ou guardas de fronteira que não protegeram os seus campos, nem os servos que não foram vigilantes. Deus estava no controle de todas as coisas.
6. Não permitiu que o pecado se apossasse dele – v.22a
Nos momentos de lutas geralmente estamos bem vulneráveis ao pecado. Nesses terríveis momentos somos facilmente levados a buscar culpados ou a pensar as maiores bobagens. São nesses momentos que mais precisamos vigiar. Quando encontramos o melhor, o pior não tem vez na nossa vida e não nos leva ao caminho de destruição.
7. Em nenhum momento ele se mostrou decepcionado com Deus, acusando-o de algo terrível contra a sua vida. V.22b
Você acha que parou por aí? Coisas ainda piores vieram sobre a sua vida e saúde
Jó foi em seguida ferido por uma enfermidade terrível que cobriu o seu corpo inteiro. Lemos nos textos bíblicos: tumores, úlceras, infecções na pele escurecida, descascando, pústulas em constante erupção, etc. Outras consequências dessa enfermidade tão severa: perda de apetite, emagrecimento, febre, crises de depressão, choro, insônia, pesadelos. Além disso, mau hálito, falhas da visão, apodrecimento dos dentes, olhares perturbados. Como dizem os estudiosos: “Um quadro horripilante de um homem torturado por uma desfiguração degradante e pela dor insuportável”. Não havia lugar para ficar. Ele ficava nas cinzas, provavelmente uma referência aos depósitos de lixo fora da cidade. A sua mulher, depois de vê-lo se raspando com um caco talvez pela coceira ou incômodo da doença, faz uma declaração e um pedido forte a ele – 2:9 “Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre”. Condena-la por essas palavras é fácil para nós, mas imaginar a dor de alguém que vê o sofrimento do seu marido sem nenhuma explicação plausível, nos faz atenuar a condenação que vem a nossa mente. A resposta de Jó mais uma vez surpreende – v.10 Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. E o final vem seguido com a afirmação – Jó não pecou.
Ele encontrou o melhor no pior.
A verdade é que a religião de Jó era mais do que o que era externado. Se no seu coração houvesse pecado ou blasfêmia, por certo Deus saberia. O que Jó dizia era o que cria e onde sustentava a sua fé. Se tivermos o cuidado de ler todas as declarações de Jó durante esse momento de escuridão e sofrimento, veremos que, por mais chocantes que pareçam, e por mais que homens tenham desaprovado tais comentários, que externavam a dor de um homem sofrido, da parte de Deus ele só foi repreendido quanto ao seu desconhecimento do propósito divino.
Mais adiante: ele manteve a esperança apesar de toda tristeza, porque desde o começo do seu sofrimento ele tinha encontrado o melhor.
Jó 19:25-26
Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus.
Depois de tudo, ele percebeu que todo o sofrimento o fez reconhecer ainda mais que ele nada era e que agora conhecia de fato quem era o seu Deus. O melhor ele encontrou desde o começo, mas foi o sofrimento que aprofundou a sua relação com o melhor - o melhor era Deus.
Jó 42.1-6 Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Algumas lições que aprendemos com aquele que encontrou o melhor no pior:
1. Ser surpreendido por momentos de grande tribulação não é um “privilégio” nosso apenas, mas de muitos seres humanos espalhados pela face da terra. (1Pe 5:9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
2. Nem sempre teremos explicações plausíveis para as tribulações que enfrentamos.
3. A forma como reagimos e encaramos as tribulações definem as lições e experiências que guardaremos desses momentos.
4. Nem sempre teremos apoio e ajuda dos nossos amigos. Em alguns momentos enfrentaremos toda a tribulação sozinhos. O único que não nos perderá de vista será o Senhor.
5. Ouviremos os mais variados conselhos e as mais incríveis justificativas para aquilo que estamos enfrentando. A melhor atitude quando não temos explicações é não buscar explicações.
6. Se nesses momentos de sofrimento e tribulação você encontrar desde o começo o melhor - e o melhor é o próprio Deus - você verá que em todo o tempo uma força te ensinará a reagir para a vitória.
7. Se no final, você tiver percebido que em todo o tempo Deus esteve presente, você verá que a sua vida mudou muito depois de tudo.
8. Agir como Jó agiu é saber encontrar o melhor quando o momento enfrentado é o pior da sua história. E nunca esqueça - o melhor sempre está no pior porque o melhor é Deus.
Boa semana pra você.
Ricardo Carvalho
Foi exatamente isso que descobri na vida de Jó. Ele conseguiu encontrar o melhor nos piores momentos da sua história. Em um só dia, recebeu notícias ruins seguidas por outras ainda piores. Se há uma lógica no texto, isso aconteceu no início de um novo ciclo de festividades dos filhos de Jó. Sendo assim, essas desgraças aconteceram logo depois de um tempo de culto a Deus com os sacrifícios oferecidos ao Senhor. Imagine receber notícias estonteantes logo depois de um momento de paz com o Senhor.
Num só dia Jó recebeu notícias, uma atrás da outra, com tragédias que envolviam a sua vida, começando com os seus bens e empregados e culminando com a morte dos seus filhos. Primeiro os sabeus, algo inusitado, pois esse povo era conhecido como mercadores e nunca como bandidos. Fogo de Deus era uma expressão comumente usada para raios que caiam do céu naqueles dias. Algo incomum também aqui, afinal foram 7.000 ovelhas mortas. Outra tragédia incomum foi a formação feita pelos caldeus com 3 bandos para levar os camelos. O pior evento foi uma espécie de redemoinho atingindo exclusivamente aquela residência onde os filhos de Jó estavam reunidos.
Ele ouviu as notícias ruins seguidas de outras piores. Não teve nem tempo de respirar ou tentar entender o que aquilo significava. Foi uma atrás da outra. A forma como ele reagiu nesse primeiro momento nos impressiona. Dificilmente encontramos o melhor no pior. O melhor estava ali, apesar de tudo, e Jó o encontrou. As reações e atitudes daquele homem demonstraram isso. Vejamos:
1. Encontrou forças para ficar de pé – v.20
Tragédias, tribulações, sempre nos derrubam. Encontrar forças nesses momentos não é fácil. A Bíblia diz que Jó se levantou. Parece um simples gesto, mas nos mostra força para ir em frente apesar de tudo. Eu sei o que significa ter o mundo desabando sobre a cabeça. Tribulações se tornam sempre um peso que nos empurra para o chão. Encontrar forças nesses momentos não é fácil. Enxergar esperança onde não há mais esperança, parece algo impossível. Jó se levantou!
Força na fraqueza – já viu isso na Bíblia? 2Co 12.10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.
Seremos por vezes lançados ao chão, mas em Deus podemos encontrar forças para ficar de pé. O grande segredo é encontrar o melhor no pior. Ele achou o melhor naquele momento. 2Co 4.8,9 Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos;
2. Expressou a sua mágoa e decepção – v.20b
homens de posição naquela época usavam um manto por cima da túnica. O gesto de rasgar esse manto era a foram de expressar mágoa pelo acontecido.
Expressar sentimentos não é pecado. Existe uma enorme diferença entre apresentar as suas queixas e viver a murmurar. Apresentamos as nossas queixas quando estamos sofrendo e Deus tem toda a paciência para nos ouvir.
Murmurar é se queixar, lastimar, falar mal, apontar falta, fazer mau juízo de alguém ou de alguma coisa. O murmurador é uma pessoa sem fé, altamente insegura. Vai murmurar em qualquer situação. Uma pessoa cheia de fé vai louvar o senhor em qualquer situação. O murmurador encontra defeito em tudo. O murmurado começa a murmurar primeiro em seu coração e depois com a sua boca (Mateus 12:34). E não depende das circunstancias, porque é um estilo de vida, uma cultura criada, um estado de espírito. É uma doença emocional muito grave.
Queixar-se é fazer uma reclamação justa, lamentar o sofrimento que está passando. Quando encontramos o melhor no pior, até lamentamos e expressamos a nossa decepção, mas não permitimos que a murmuração tome conta da nossa vida.
Tenho aprendido a expressar aquilo que estou sentindo. Se está doendo, então está doendo e não dá para sorrir. Se estou sofrendo, preciso deixar claro diante de Deus toda a minha dor e sofrimento. Em nenhum momento sou condenado na Bíblia por fazer isso. Sempre que encontro o melhor no pior, aprendo a colocar pra fora de forma correta os meus sentimentos. E Deus me consola e ajuda em todos eles.
3. Viveu a tristeza que o momento trazia – v.20c
Raspar a cabeça era costume da Mesopotâmia e Cannã. Era parte do ritual de luto da época. Não havia instrução na lei nesse sentido, mas era entendido na época perfeitamente. O luto faz parte da história humana. Ninguém pode pular o tempo de luto. Se você não vive o luto no momento em que ele deve ser vivido, mais adiante consequências virão. Se você está triste hoje, chore o que for necessário! Viva o seu luto. Se o nosso Senhor chorou diante da dor e da morte, por que não podemos nós também fazer o mesmo?
Quem encontra o melhor no pior, não finge sentir algo que não está presente. É autêntico e não abre mão de ser verdadeiro.
4. Lançou-se em terra e adorou a Deus
Como adorar quando estamos tomados pela dor, tristeza e decepção? Só conseguimos fazer isso quando encontramos o melhor no pior. A Bíblia nos ensina que fomos criados para agradar a Deus e adorá-lo para sempre. Dar prazer a Deus e agradá-lo é o que chamamos de adoração. Adoração não é música apenas, nem tampouco é algo que serve para o nosso próprio prazer. Adoração é para Deus. Se a celebração estiver desassociada da adoração, ela se torna meramente circunstancial e movida pelas ocorrências positivas da vida. Por guardarmos conceitos errados sobre celebração não conseguimos entender atitudes como a de Jó, que adorou a Deus logo após ter perdido tudo, nem a de Paulo e Silas na prisão, que mesmo açoitados e machucados puderam exaltar a Deus com altos louvores. Celebração é para toda vida, em momentos de alegria ou pesar. Isso significa que não importa o que estamos passando ou enfrentando. Sabemos que Deus está conosco e que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Essa atitude mostra claramente que ele encontrou o melhor no pior.
5. Pronunciou profundas declarações de fé – v.21
5.1. Sei exatamente o valor da vida terrena. "Nu saí... Nu voltarei"
5.2. Deus tem o controle de tudo na minha vida "O Senhor o deu..."
5.3. Que em todo tempo Deus seja glorificado "bendito o nome do Senhor"
Isso é descobrir o melhor no pior. Jó vê somente a mão de Deus em sua vida. Apesar de trágicos eventos, ele não amaldiçoa os salteadores, ou guardas de fronteira que não protegeram os seus campos, nem os servos que não foram vigilantes. Deus estava no controle de todas as coisas.
6. Não permitiu que o pecado se apossasse dele – v.22a
Nos momentos de lutas geralmente estamos bem vulneráveis ao pecado. Nesses terríveis momentos somos facilmente levados a buscar culpados ou a pensar as maiores bobagens. São nesses momentos que mais precisamos vigiar. Quando encontramos o melhor, o pior não tem vez na nossa vida e não nos leva ao caminho de destruição.
7. Em nenhum momento ele se mostrou decepcionado com Deus, acusando-o de algo terrível contra a sua vida. V.22b
Você acha que parou por aí? Coisas ainda piores vieram sobre a sua vida e saúde
Jó foi em seguida ferido por uma enfermidade terrível que cobriu o seu corpo inteiro. Lemos nos textos bíblicos: tumores, úlceras, infecções na pele escurecida, descascando, pústulas em constante erupção, etc. Outras consequências dessa enfermidade tão severa: perda de apetite, emagrecimento, febre, crises de depressão, choro, insônia, pesadelos. Além disso, mau hálito, falhas da visão, apodrecimento dos dentes, olhares perturbados. Como dizem os estudiosos: “Um quadro horripilante de um homem torturado por uma desfiguração degradante e pela dor insuportável”. Não havia lugar para ficar. Ele ficava nas cinzas, provavelmente uma referência aos depósitos de lixo fora da cidade. A sua mulher, depois de vê-lo se raspando com um caco talvez pela coceira ou incômodo da doença, faz uma declaração e um pedido forte a ele – 2:9 “Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre”. Condena-la por essas palavras é fácil para nós, mas imaginar a dor de alguém que vê o sofrimento do seu marido sem nenhuma explicação plausível, nos faz atenuar a condenação que vem a nossa mente. A resposta de Jó mais uma vez surpreende – v.10 Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios. E o final vem seguido com a afirmação – Jó não pecou.
Ele encontrou o melhor no pior.
A verdade é que a religião de Jó era mais do que o que era externado. Se no seu coração houvesse pecado ou blasfêmia, por certo Deus saberia. O que Jó dizia era o que cria e onde sustentava a sua fé. Se tivermos o cuidado de ler todas as declarações de Jó durante esse momento de escuridão e sofrimento, veremos que, por mais chocantes que pareçam, e por mais que homens tenham desaprovado tais comentários, que externavam a dor de um homem sofrido, da parte de Deus ele só foi repreendido quanto ao seu desconhecimento do propósito divino.
Mais adiante: ele manteve a esperança apesar de toda tristeza, porque desde o começo do seu sofrimento ele tinha encontrado o melhor.
Jó 19:25-26
Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus.
Depois de tudo, ele percebeu que todo o sofrimento o fez reconhecer ainda mais que ele nada era e que agora conhecia de fato quem era o seu Deus. O melhor ele encontrou desde o começo, mas foi o sofrimento que aprofundou a sua relação com o melhor - o melhor era Deus.
Jó 42.1-6 Então, respondeu Jó ao SENHOR: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás. Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
Algumas lições que aprendemos com aquele que encontrou o melhor no pior:
1. Ser surpreendido por momentos de grande tribulação não é um “privilégio” nosso apenas, mas de muitos seres humanos espalhados pela face da terra. (1Pe 5:9 resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.
2. Nem sempre teremos explicações plausíveis para as tribulações que enfrentamos.
3. A forma como reagimos e encaramos as tribulações definem as lições e experiências que guardaremos desses momentos.
4. Nem sempre teremos apoio e ajuda dos nossos amigos. Em alguns momentos enfrentaremos toda a tribulação sozinhos. O único que não nos perderá de vista será o Senhor.
5. Ouviremos os mais variados conselhos e as mais incríveis justificativas para aquilo que estamos enfrentando. A melhor atitude quando não temos explicações é não buscar explicações.
6. Se nesses momentos de sofrimento e tribulação você encontrar desde o começo o melhor - e o melhor é o próprio Deus - você verá que em todo o tempo uma força te ensinará a reagir para a vitória.
7. Se no final, você tiver percebido que em todo o tempo Deus esteve presente, você verá que a sua vida mudou muito depois de tudo.
8. Agir como Jó agiu é saber encontrar o melhor quando o momento enfrentado é o pior da sua história. E nunca esqueça - o melhor sempre está no pior porque o melhor é Deus.
Boa semana pra você.
Ricardo Carvalho
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