segunda-feira, 21 de março de 2011

Apesar de tudo, não desanimamos


O desânimo é algo destruidor. Aurélio define o mesmo como falta de ânimo, desalento, abatimento, etc. Em 2 Coríntios 4 Paulo apresenta situações difíceis por ele experimentadas. Paulo tinha tudo para desanimar. Estava sendo questionado quanto a sua autoridade; sendo perseguido e criticado severamente. Já havia passado por situações extremamente difíceis – Ele cita essas situações em 2 Co 11:23-33. Nesse capítulo há alguns aspectos negativos e que poderiam desanimá-lo: O evangelho ainda estava encoberto a muitos; Sensação de insignificância e pouco valor – meros vasos de barro; Atribulados, perplexos, perseguidos, abatidos; Expostos a perigos de morte diariamente; Desgaste físico e emocional constantes; Tribulação; Coisas ruins que podiam ser vistas. Mas a frase chave do capítulo trazido pelo apóstolo Paulo é esta – NÓS NÃO DESANIMAMOS...

Por que Paulo não desanimava? Ele responde: Porque era chamado por Deus e recebeu dele um ministério – v.1. Saber que foi chamado por Deus e ter recebido um ministério trouxe sentido a vida do apóstolo Paulo. Esse chamado mudou a sua forma de viver e enxergar a vida – v.2. Esse ministério lhe dava o privilégio de anunciar Jesus Cristo como Senhor e servir aos irmãos – v.5. Paulo sabia que não estava sozinho. Havia uma luz que brilhava dentro dele e essa luz era Cristo – v.6. Ele sabia que não era nada por ele mesmo, mas apesar de toda a sua insignificância, dentro dele havia um tesouro incomparável – v.7. Ele destacou assim toda a sua vulnerabilidade, ou seja, poderia ser quebrado com muita facilidade, mas aquele que estava dentro dele era incomparável. Deus nunca o desamparava – v.8,9. Apesar de todo sofrimento e exposição diária à morte, trazia vida a quem precisava – v.10-12. Ele sabia em quem cria e que a vitória final prometida viria – v.13,14. Tinha convicção de que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus – v.15 e, mesmo que os desgastes físicos e emocionais fossem grandes, tinha o coração protegido e guardado por Deus – v.16. Para Paulo, nada daquilo que enfrentava poderia anular a bênção eterna que estava reservada para ele – v.17. O que ditava a sua forma de reagir não era o que enfrentava, mas o que estava preparado para ele na eternidade – v.18

Isso é estar focado na missão. Paulo sabia a quem pertencia. Sabia que tinha um ministério, um ministério que Deus entregou a todos nós, a saber, anunciar Jesus o salvador a todo aquele que não o conhece. Ele se apegou a esse ministério e focou a sua vida nesse propósito, por isso nada conseguia desanimá-lo. Tem faltado a nós o foco na missão. Desânimo vem porque perdemos de vista o eterno e focamos no temporal.

O escritor aos Hebreus diz no capístulo 12.1: "Assim nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós".

Aí estão dicas fantásticas:

1. Veja o que está atrapalhando e afastando você do seu ministério, da sua missão e retire isso da sua vida.

2. Resolva o problema do pecado na sua vida. Pecado nos afasta de Deus e do ministério por ele entregue.

3. Volte para o seu ministério - volte para a corrida proposta. Cada um tem uma profissão, cada um mora ou trabalha em um determinado local. Onde você trabalha e onde você mora é o local onde você exercerá o seu ministério. Ai será o seu campo de ação.

Se estivermos vivenciando a responsabilidade entregue por Deus a nós, mesmo que lutas e dificuldades venham, não desanimaremos.
Esse é o caminho - estar focado na missão.
Bom será ouvir de Jesus no final o que está em Apocalipse 2.3: "Vocês agüentaram a situação com paciência e sofreram por minha causa, sem desanimarem".

Uma boa semana

Ricardo

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os homens e o casamento - Mark Driscoll (Legendado em Português)

“RECONHECERAM QUE ELES HAVIAM ESTADO COM JESUS”


Naqueles dias, quando Pedro e João estavam indo ao templo para orar, algo surpreendente aconteceu – Atos 3 - um aleijado foi curado e uma multidão veio buscar uma resposta para tudo o que estava acontecendo. A mensagem de arrependimento foi pregada e o evangelho simples foi anunciado. O resultado disso foi o acréscimo de quase cinco mil novos membros a igreja. Como tudo começou? Através de homens que estiveram de fato com Jesus. Tudo começou com Pedro e João. O Sinédrio não era a delegacia naquela época, mas era o centro de toda decisão religiosa, pois todas as autoridades religiosas estavam ali. Eles não aceitavam a pregação, nem tampouco a ressurreição do Jesus de Nazaré. Mas eles não puderam negar que aqueles homens estiveram com Jesus.

As pessoas olham para você e chegam à conclusão que você é alguém que anda com Jesus? Precisamos ser conhecidos na nossa cidade como homens e mulheres que estiveram com Jesus.

Pensando no texto de Atos 4, algumas marcas de alguém que anda com Jesus estão presentes na vida de Pedro e João. Os religiosos e todo o povo não tinha como negar que aqueles dois tinha sido companheiros íntimos de Jesus.

Vejamos, então:

1. Tinha a coragem para servir e seguir Jesus em qualquer lugar e a qualquer preço. As autoridades prenderam os dois, mas ficaram admiradas com a coragem dos mesmos. Para eles, não havia obstáculos. Por mais que problemas e dificuldades surgissem, eles continuavam firmes como servos.

2. Não se destacaram pelo conhecimento intelectual ou posição social, mas pela sabedoria e autoridade. Não eram os "caras" da época, mas a sabedoria e a autoridade espiritual eram marcantes. Podemos ser homens de verdade nos nossos dias independente da nossa condição intelectual ou status social. Não estou afirmando que o conhecimento intelectual ou a posição social não possam estar presentes, mas afirmo que não é a intelectualidade nem o status que determinam a intimidade de alguém com Jesus.

3. Possuíam uma vida onde o poder manifesto de Deus não podia ser negado. Imagine você ser reconhecido pela sociedade como alguém que é usado por Deus para abençoar vidas. Saber que Deus recebe toda a glória e você é visto como um instrumento nas suas mãos!

4. Não faziam concessões, preferindo a honra e aceitação dos homens, porque o que lhes importava era agradar a Deus. Para eles, a relação com Deus era inegociável. Eles sabiam a quem serviam e não tinham como construir uma vida em função dos homens. Importava, antes de tudo, agradar sempre a Deus.

5. Não conseguiam parar de falar de Jesus. Sabe o que é isso? Ter prazer em compartilhar com os outros o que Jesus fez na nossa vida. Naqueles dias o Sinédrio ordenou que eles se calassem e eles pediram a Deus mais coragem para anunciar Jesus. Hoje as pessoas clamam por uma palavra de conforto e paz e nós nos calamos.

6. Buscavam mais e mais a capacitação do Senhor para que o poder de Deus continuasse se manifestando. Isso era sede de Deus. Gente que sabia que Deus quer e pode fazer muito mais. É gente cansada da mesmice. Até aonde vai a nossa sede por Deus e por sua manifestação poderosa no nosso meio?

7. Eram homens e mulheres de oração. Quem esteve com Jesus é gente que quando ora “o céu se move, o inferno treme e algo novo acontece na terra” (Pr. Jeremias).

8. Eram homens e mulheres cheios do Espírito Santo. Quem esteve com Jesus entendeu a ordem dele: “Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto”. Lc 24:49

Será que essas características estão presentes em nós? Podemos afirmar que andamos em intimidade com Jesus? As pessoas olham para a nossa vida e afirmam "lá vai alguém que é companheiro de Jesus"?

Que Deus nos acorde e que tenhamos no coração a mesma disposição presente na vida dos discípulos, ou seja, não há um outro que seja maior do que Ele.

Boa semana

Ricardo