segunda-feira, 26 de novembro de 2012
7 ANOS – O QUE DIZER A UMA IGREJA COM ESSA IDADE?
Atos 4:23-31
É tão interessante quando lemos o que os especialistas comentam sobre a idade dos sete anos na vida de uma criança. A Diane Ruble, professora da Universidade de Nova York, comenta que, se até essa idade a criança não aprender a lidar com as adversidades e derrotas, diversas consequências aparecerão no futuro.
Sete anos é considerada por especialistas como uma “transição do mundo infantil”, ou seja, novas percepções na mente da criança. É a fase onde a criança começa a ser mais sensível às críticas e aos julgamentos dos outros e a formar sua identidade e autoestima.
O que acontece nessa idade pode repercutir durante toda a vida e resultar em desistências irreversíveis.
Igreja também tem as suas fases. Paulo nos ensina sobre isso. Se é criança em Cristo, Paulo afirma que é carnal. Paulo não acha que exista nada de errado com eles, pois cada um teria que passar por essa fase. O que admira o apóstolo Paulo é a ausência de crescimento. Ele afirma em 1 Coríntios 3:1-3 Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá- lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais. Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem?
A nossa caminhada na terra como igreja de Cristo deve ser de crescimento. E quando falo de crescimento, falo do crescimento quantitativo (dia a dia o Senhor acrescentando mais vidas no nosso meio), crescimento qualitativo (maturidade espiritual) e crescimento orgânico (como corpo de Cristo que somos).
O texto de Atos 4:23-31 mostra uma igreja nova tendo que tomar algumas decisões em um momento muito delicado. Essas decisões repercutiram na postura e caminhada da igreja.
Tudo começou com uma cura que aconteceu em uma das portas que dava acesso ao templo. Era pratica judaica o sacrifício da tarde, na hora nona (15 horas). Os judeus freqüentavam esse encontro de oração. Não estava acontecendo ali um culto da igreja (culto de oração como imaginamos), mas a pratica diária de ofertas dos judeus. A igreja nessa época se reunia nos lares.
Como era prática dos judeus dar esmolas, pedir esmolas na porta de acesso ao templo era um ótimo investimento. Ali um homem foi curado por Pedro, e este era um coxo de nascença.
Além da cura provocar uma reviravolta na programação, Pedro trouxe uma mensagem de impacto para os que estavam ali e esse foi o segundo incidente. De fato ele aproveitou uma grande oportunidade e anunciou Jesus mais uma vez tendo um acréscimo agora para cinco mil os que seguiam a Jesus. Reunir-se no pórtico de Salomão se tornou uma prática costumeira depois desse acontecimento.
Durante a pregação eles foram presos pelo Sinédrio. Esse conselho religioso dos judeus estava indignado não apenas com a menção de Jesus em sua pregação, mas com a idéia, que para eles era absurda, da ressurreição.
Pedro e João foram intimidados pelos líderes judeus, mas sem conseguir detê-los por mais tempo, soltaram esses irmãos, que imediatmente foram para a igreja relatar o que tinha acontecido.
O texto diz que eles eram unânimes naquilo que faziam. As reações da igreja e tudo aquilo que acontece nesse reencontro dos irmãos, traz lições importantes para cada um de nós.
Nesse momento penso nos 7 anos da CPA e entendo que já chegou a hora de experimentarmos uma nova forma de viver.
Pensando no que diz os especialistas ao afirmarem que os sete anos representam a fase da transição do mundo infantil e, lembrando do que ensinou o apostolo Paulo em Efésios 4:13-15 até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.
Algumas lições que podemos tirar nessa data tão especial.
COM 7 ANOS – A GENTE JÁ PODE SER...
1. Uma igreja que encontra na adoração o caminho para vencer as circunstâncias adversas que surgem - v. 24,25
Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs?
Jesus declara em João 4:23-24 Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
Foi na adoração que Abel achou graça diante de Deus, que Moisés experimentou o que homem algum experimentou da Glória do Senhor, que Josafá encontrou forças quando não tinha mais forças para vençer a batalha, que Jó conseguiu manter-se vivo quando tudo parecia perdido, que Paulo e Silas conseguiu suportar as dores dos açoies na prisão.
Deus é o melhor recurso diante da crise, da dor, das ameaças, dos problemas. Quem encontra Deus, encontra descanso e encontra a adoração. O escritor aos hebreus ensina isso: Hebreus 4:10 Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.
Não pense em adoração apenas como música. Adoração veio antes da música. Pense na adoração como estilo de vida. Está com problemas? Cultue a Deus e ore, adore. Encontre na adoração o Deus que tem toda a sua história nas mãos.
2. Uma igreja que não pensa em evidenciar o seu próprio nome, mas destacar sempre o precioso nome de Jesus v. 26,27
Levantaram- se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram- se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel,
Não era contra eles ou contra o nome da igreja, mas era contra Jesus que os judeus intentavam. Essa era a convicção presente no meio da igreja. No dia que entendermos plenamente quem é Jesus e o que ele significa para a igreja seremos uma igreja diferente na terra. Se Deus nos ensinar a olhar para Jesus como João Batista olhava - importa que ele cresça e que eu diminua - seremos uma igreja que causará impacto nesta cidade.
Filipenses 2:9-11 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
3. Uma igreja convicta de que toda a sua história tem propósito de Deus e nada foge do seu controle v. 28
para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;
Era convicção da igreja de que tudo aquilo que tinha acontecido com Jesus estava dentro dos planos e propositos eternos de Deus. Deus não está preso ao tempo como nós estamos. Ele conhece o início, meio e fim da nossa história.
Ninguém foi jogado na vida para ser guiado pela sorte ou pelo azar. todas as coisas, sejam boas ou más estão debaixo dos propósitos eternos de Deus.
4. Uma igreja que não vive ensimesmada, mas que se dispõe a expandir a Palavra de Deus v.29
agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra,
Acho fantástica a postura da igreja. Estavam sendo ameaçados e os dias eram difíceis, era orquestra eles diziam. Mas eles não focam no problema das ameaças. Estão focados no ministério que um dia receberam do Senhor - pregar a Palavra. O mais importante não era encontrar estratégias de defesa, mas ter ousadia para continuar com a expansão do Reino de Deus.
Tenho lutado muito (porque conheço o meu temperamento) para não perder tempo com discussões e conversas que deixem a igreja ensimesmada, voltada para si.
Igreja é lugar dos chamados para fora. O nosso objetivo na terra é fazer discipulos frutiferos de Jesus.
5. Uma igreja que anseia pela manifestação da ação poderosa de Deus no seu meio v.30
enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.
Igreja normal tem manifestações miraculosas de Deus. Jesus deixou claro que esses sinais acompanhariam os que creem.
Marcos 16:17-18 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.
Deus manifestou a sua graça através de curas e milagres na igreja em toda a historia. O mesmo Deus do passado é o Deus em quem cremos hoje. Ele continua sendo o Deus Todo-Poderoso. Falta em nós essa oração. Falta em nós esse anseio. Falta em nós essa busca.
6. Uma igreja que ora e o poder de Deus se manifesta v.31
Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos;
Quem dera fôssemos uma igreja que orasse e as estruturas fossem abaladas. Que não apenas o prédio tremesse, mas que a nossa vida fosse completamente mexida pelo Senhor e sentíssemos que de fato algo novo aconteceu.
Desculpem a minha "meninice" no falar, mas sinto, em alguns momentos, uma grande necessidade de que Deus mostre indícios de que ouviu a nossa oração, como fez no Antigo e Novo Testamentos.
7. Uma igreja cheia do Espirito Santo v.31
... todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
Esse enchimento do Espírito Santo é uma experiência que nós sabemos quando acontece – At 19:2. É a promessa do Pai anunciada pelos profetas e tão aguardada – Ez 36:24-27; Jl 2:28,29; Ez 37:14. É um revestimento de poder sobre as nossas vidas, pelo Espírito Santo, onde nós somos inflamados totalmente pelo Senhor. O Senhor Jesus se torna real de uma forma que jamais havíamos experimentado antes. O Senhor se manifesta e o resultado é uma explosão de um grande amor por Cristo, profusamente derramado em nossos corações pelo Espírito Santo. 1Pe 1:8. É um patrimônio hereditário de todo cristão – At 2:39. É uma experiência inicial da glória, a realidade e o amor do Pai e do Filho. Cada cristão deve Ter o seu Pentecostes. É uma experiência que não só devemos aguardar como também desejar e buscar ardentemente – At 1:4,5 e Lc 11: 9-13
São sete anos e o texto nos traz sete dicas de ser uma igreja que entende o momento e encara de frente a decisão.
Que Deus abençoe ricamente a Comunidade Presbiteriana de Aracaju. Que esse seja um aniversário muito especial e que a nossa caminhada daqui pra frente seja de crescimento pleno, para a glória do nosso Deus.
Em Cristo,
Ricardo Carvalho
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
IGREJA À MODA ANTIGA
Acho que pirei de vez! Não consigo mais pensar em igreja com novos propósitos, planos e objetivos. Na minha cabeça só cabe agora igreja à moda antiga. Estou cansado de reuniões, de discussões improdutivas, de planejamentos estratégicos, de burocracias, cargos, departamentos, etc. Cansei geral!
Cansei de tratar de problemas que não ajudam em nada no crescimento do Reino de Deus. Cansei de conversar sobre questões que são meramente internas e infrutíferas que falam muito mais de uma manutenção de um status quo do que evangelização e salvação de pessoas que ainda não conhecem a Cristo. Cansei de lidar com pessoas que não querem mudar, mas ver tudo moldado ao seu jeito pessoal de visualizar corpo de Cristo. Cansei!
Quero viver igreja como antigamente. Igreja em casa, nos lares, onde cada casa de um irmão é a igreja de Cristo na terra, espalhando luz por toda a cidade e por todos os cantos. Se eu puder ver toda a cidade brilhando com cada lar sendo uma igreja me sentirei realizado. E a grande congregação? E o ajuntamento do povo de Deus? Quero experimentar como a igreja experimentava antigamente. Local não era a grande prioridade, mas a oração, o temor, a Palavra e a comunhão dos santos.
Quero ser gente, sem me preocupar com título e com posição, porque antigamente Paulo era Paulo e não o apóstolo Paulo. Timóteo era Timóteo e não o pastor Timóteo. Título, cargo, posição, nada disso tinha valor. Valor tinha exercer a função como pastor de fato, pastoreando o rebanho de Cristo. Quero ser Ricardo e ser tratado pelo meu nome, como irmão em Cristo e que apenas tem tido a função dada por Deus de pastorear, mas que não pode jamais deixar de ser pastoreado e cuidado como ovelha.
Quero aprender a amar as pessoas e priorizá-las sempre. Quero ter a sensibilidade para não ir adiante quando alguém estiver precisando da minha ajuda e do meu apoio. Quero viver igreja desse jeito, como era antigamente, onde se parava tudo para resolver necessidades de um irmão que estava inserido no corpo de Cristo.
Quero aprender a viver sem máscaras e não ter nenhum receio de compartilhar com os meus irmãos as minhas lutas e dificuldades. Sei que posso também ficar deprimido, sofrer tentações e me sentir o pior de todos. Antigamente era assim. Quem estava a frente abria o coração diante de todos, sem medo de ser visto como um desqualificado, mas com a certeza que era tão necessitado da graça de Deus como qualquer outro.
Quero aprender a ter um coração fiel e temente a Deus e passar isso para todos aqueles que caminham comigo. Antigamente era assim. Em cada alma havia temor e a fidelidade não era solicitada, mas uma prática comum na vida da igreja.
Quero viver como a igreja de antigamente, que não buscava a popularidade ou a badalação, mas contava com a simpatia de todo o povo. Antigamente igreja era relevante, ou seja, necessária para quem estava ao seu redor. Antigamente ninguém ficava preocupado em ter a sua igreja conhecida, mas em ser o instrumento de Deus para a salvação do perdido.
Quero igreja à moda antiga, que não pregava religião e fugia de todo tipo de religiosidade, mas cultivava um relacionamento intimo e pessoal com o Senhor Jesus. Cristãos, sim, eles eram chamados de cristãos, mas não por fazerem parte do “cristianismo”, mas por terem um modo de viver semelhante ao de Cristo.
Tem um determinado momento da vida que a gente precisa definir qual o rumo que quer tomar como parte do corpo de Cristo. Não sei onde viverei igreja à moda antiga, mas sei que é assim que quero viver daqui pra frente.
Com muita paz e em busca desse passado
Ricardo Carvalho
Cansei de tratar de problemas que não ajudam em nada no crescimento do Reino de Deus. Cansei de conversar sobre questões que são meramente internas e infrutíferas que falam muito mais de uma manutenção de um status quo do que evangelização e salvação de pessoas que ainda não conhecem a Cristo. Cansei de lidar com pessoas que não querem mudar, mas ver tudo moldado ao seu jeito pessoal de visualizar corpo de Cristo. Cansei!
Quero viver igreja como antigamente. Igreja em casa, nos lares, onde cada casa de um irmão é a igreja de Cristo na terra, espalhando luz por toda a cidade e por todos os cantos. Se eu puder ver toda a cidade brilhando com cada lar sendo uma igreja me sentirei realizado. E a grande congregação? E o ajuntamento do povo de Deus? Quero experimentar como a igreja experimentava antigamente. Local não era a grande prioridade, mas a oração, o temor, a Palavra e a comunhão dos santos.
Quero ser gente, sem me preocupar com título e com posição, porque antigamente Paulo era Paulo e não o apóstolo Paulo. Timóteo era Timóteo e não o pastor Timóteo. Título, cargo, posição, nada disso tinha valor. Valor tinha exercer a função como pastor de fato, pastoreando o rebanho de Cristo. Quero ser Ricardo e ser tratado pelo meu nome, como irmão em Cristo e que apenas tem tido a função dada por Deus de pastorear, mas que não pode jamais deixar de ser pastoreado e cuidado como ovelha.
Quero aprender a amar as pessoas e priorizá-las sempre. Quero ter a sensibilidade para não ir adiante quando alguém estiver precisando da minha ajuda e do meu apoio. Quero viver igreja desse jeito, como era antigamente, onde se parava tudo para resolver necessidades de um irmão que estava inserido no corpo de Cristo.
Quero aprender a viver sem máscaras e não ter nenhum receio de compartilhar com os meus irmãos as minhas lutas e dificuldades. Sei que posso também ficar deprimido, sofrer tentações e me sentir o pior de todos. Antigamente era assim. Quem estava a frente abria o coração diante de todos, sem medo de ser visto como um desqualificado, mas com a certeza que era tão necessitado da graça de Deus como qualquer outro.
Quero aprender a ter um coração fiel e temente a Deus e passar isso para todos aqueles que caminham comigo. Antigamente era assim. Em cada alma havia temor e a fidelidade não era solicitada, mas uma prática comum na vida da igreja.
Quero viver como a igreja de antigamente, que não buscava a popularidade ou a badalação, mas contava com a simpatia de todo o povo. Antigamente igreja era relevante, ou seja, necessária para quem estava ao seu redor. Antigamente ninguém ficava preocupado em ter a sua igreja conhecida, mas em ser o instrumento de Deus para a salvação do perdido.
Quero igreja à moda antiga, que não pregava religião e fugia de todo tipo de religiosidade, mas cultivava um relacionamento intimo e pessoal com o Senhor Jesus. Cristãos, sim, eles eram chamados de cristãos, mas não por fazerem parte do “cristianismo”, mas por terem um modo de viver semelhante ao de Cristo.
Tem um determinado momento da vida que a gente precisa definir qual o rumo que quer tomar como parte do corpo de Cristo. Não sei onde viverei igreja à moda antiga, mas sei que é assim que quero viver daqui pra frente.
Com muita paz e em busca desse passado
Ricardo Carvalho
terça-feira, 6 de novembro de 2012
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