sábado, 31 de dezembro de 2011

ESCOLHAS – QUAIS AS SUAS ESCOLHAS PARA 2012?


Escolhas fazem parte da nossa vida. Diariamente somos colocados diante de escolhas. Li esses dias uma reportagem com o título “Antes de traçar metas para 2012, avalie os erros de 2011”. Os resultados que tivemos em 2011 são frutos das nossas escolhas, direta ou indiretamente.

2012 está aí. Quais as escolhas para esse novo ano?

Na Bíblia temos dois fortes convites a escolhas no Antigo e Novo Testamentos. Moisés fala sobre escolhas e Paulo amplia o leque utilizando a mesma mensagem de Moisés

Vejamos Moisés em Deuteronômio 30

Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires. Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência...

Moisés diz aqui ao povo que tudo aquilo que foi revelado como mandamento de Deus não era incompreensível nem inatingível. Nada estava tão distante que não pudesse ser alcançado nem escondido que não pudesse ser compreendido. O que é enfatizado no texto é a questão da escolha. Dependendo de qual escolha fosse feita poderia resultar em vida e bem ou morte e mal. Quando Moisés afirma que colocou diante do povo as possibilidades está dizendo que há uma necessidade de escolha. Muito interessante é ver Moisés sugerindo ao Povo que escolha a vida.

Paulo em Romanos 10

Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.

Para Moisés Deus tinha revelado o seu mandamento e se aproximou do povo para mostrar um caminho de obediência. A ideia era receber a Palavra de Deus, que veio em forma de lei, com coração humilde. Para Paulo havia uma nova situação. Deus agora se aproximava dos homens em Cristo e não era solicitado um esforço sobrehumano, mas sim uma aceitação alegre da sua graça.

Escolher Jesus como Senhor, para Paulo, tinha claras implicações: Significava um profundo conhecimento do que estava dizendo, pois sabia o significado teológico dessa expressão. Cada um que se declarava cristão naquela época estava fazendo a escolha de se render a Jesus como Senhor da sua vida. Ele era tanto o salvador como o Senhor da vida daquele cristão. Significava assumir um compromisso radical com Jesus. E isso envolvia mudança de mentalidade. A forma de avaliar e enxergar a vida. Agora não era a minha forma de pensar ou avaliar a vida que prevalecia, mas o que Jesus dizia era o que contava. Envolvia também uma mudança de comportamento. O meu modelo de conduta agora deveria ser Jesus. O que ele fez e ensinou deveria ser o meu estilo de vida. Envolvia uma mudança de propósitos. Agora não seriam mais os meus planos pessoais que prevaleceriam, mas os propósitos eternos de Deus na minha vida. Envolvia uma mudança de relacionamentos. Pessoas teriam que ser importantes para mim. Viver uma vida em função das pessoas, lutando para vê-las bem e sendo restauradas pela graça de Deus seria a minha forma de viver relacionamentos. Isso significa uma mudança de postura. Uma nova postura como empregado ou empregador, como cidadão, como participante da sociedade. Agora Jesus estabelecia o meu comportamento e não mais a “voz do povo”. Significava uma nova forma de enxergar o mundo. Muito mais do que lugar de conquistas pessoais e de grandes males, mas um lugar que aguardava com ansiedade a restauração que só se encontra em Cristo Jesus.

Escolher Jesus como Senhor tinha implicações. Paulo disse então: Essa foi a minha escolha.

Jesus encerra o tema em Mateus 7

Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.

O texto é claro – escolha a porta que você quer passar e o caminho que você quer caminhar. Se você quer encontrar a vida, então precisa passar pela porta estreita e andar pelo caminho estreito.

São as escolhas que definem onde passaremos a eternidade. 2012 está iniciando. Hoje mesmo você precisará fazer escolhas. Desde o Antigo Testamento até o novo Testamento a proposta de Deus é que escolhamos a vida. Não é fácil. É um desafio diário, mas uma garantia de uma eternidade com Deus.

Um texto de alguém dos nossos dias que um dia acordou e colocou no papel quais escolhas faria para aquele dia. Ele já havia escolhido a vida, a porta e o caminho estreitos, Jesus como Senhor e Salvador. Max Lucado escreveu o seguinte em um dos seus escritos:

Tudo está em silêncio. Ainda é muito cedo. Meu café está quente. O céu está escuro. O mundo ainda dorme. O dia está para chegar.
Em alguns momentos ele surgirá. Despontará com o nascer do sol. A calma da alvorada será trocada pelo barulho do dia. A tranquilidade do isolamento será substituída pelos passos pesados da raça humana. O refúgio da madrugada será invadido pelas decisões a serem tomadas e prazos a serem cumpridos.
Durante as próximas 12 horas ficarei à mercê das demandas diárias. Este é o momento em que preciso fazer escolhas. Por causa do Calvário, estou livre para escolher.
Escolho o amor...
Nenhum fato justifica o ódio; não há injustiça que justifique a amargura. Escolho o amor. Hoje amarei a Deus e o que Ele ama.
Escolho a alegria...
Convidarei o meu Deus para que seja o Deus da circunstância. Recusarei a tentação de ser cínico... a ferramenta do pensador preguiçoso. Recusar-me-ei a ver as pessoas como nada menos que seres humanos, criados por Deus. Recusar-me-ei a ver qualquer problema como nada menos que uma oportunidade de ver Deus.
Escolho a paz...
Viverei o perdão. Perdoarei para que possa viver.
Escolho a paciência...
Negligenciarei as inconveniências do mundo.
Ao invés de amaldiçoar aquele que tenta tomar o meu lugar, convidá-lo-ei a fazer isto. Não reclamarei a longa espera, mas agradecerei a Deus pelo momento de oração. Ao invés de cerrar meus punhos face a novas designações, enfrentá-las-ei com alegria e coragem.
Escolho a generosidade...
Serei generoso para com os pobres, por estarem solitários. Generoso para com os ricos, por estarem temerosos. E generoso para com o mau, pois é assim que Deus tem tratado a mim.
Escolho a virtude...
Prefiro ficar sem um tostão a ganhar algum desonestamente. Serei negligenciado para não ser jactante. Confessarei antes que seja acusado. Prefiro a virtude.
Escolho a fidelidade...
Hoje cumprirei minhas promessas. Meus devedores não lastimarão sua confiança. Meus associados não questionarão minha palavra. Minha esposa não questionará o meu amor. E meus filhos nunca temerão que seu pai possa não retornar ao lar.
Escolho a mansidão...
Nada pode ser vencido à força. Escolho a mansidão. Se levantar a minha voz, que ela possa ser apenas em louvor. Caso cerre meus punhos, que sejam em oração. Caso dê uma ordem, que seja apenas para mim mesmo.
Escolho o autocontrole...
Sou um ser espiritual. Após a morte deste corpo, meu espírito subirá. Recuso-me a permitir que a podridão domine o que é eterno. Escolho o autocontrole. Ficarei embriagado apenas pela alegria. Comovido apenas pela minha fé. Serei influenciado apenas por Deus. Serei ensinado apenas por Cristo. Escolho o autocontrole.
Amor, alegria, paz, paciência, generosidade, virtude, fidelidade, mansidão, autocontrole. A estes submeto o meu dia. Caso seja bem-sucedido, louvarei a Deus. Se falhar, buscarei sua graça. E então, ao anoitecer, colocarei minha cabeça sobre o travesseiro e descansarei.

Um 2012 com escolhas especiais para você e sua família

Grande abraço

Ricardo

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL E UM 2012 ESPECIAL


Certa vez um homem chamado Moisés fez a seguinte oração:

“De repente, os nossos dias são cortados pela tua ira; a nossa vida termina como um sopro. Só vivemos uns setenta anos, e os mais fortes chegam aos oitenta, mas esses anos só trazem canseira e aflições. A vida passa logo, e nós desaparecemos... Faze com que saibamos como são poucos os dias da nossa vida para que tenhamos um coração sábio”.

Assim como temos dito que o ano de 2011 voou, a nossa vida também está “voando”. Se deixarmos, continuaremos nessa corrida desenfreada na tentativa de alcançar mais alguma coisa e tudo passará tão rápido que perderemos os detalhes da vida.

Final de ano é época de festa, compras de presentes e muitas comemorações. É tempo de traçar objetivos para o próximo ano e tentar alcançar locais desejados. Mesmo nesse contexto, a correria não acaba na nossa vida.

Parar em algumas ocasiões faz bem. Andar a pé e perceber aquilo que é imperceptível quando estamos de carro também. Sentar com a família, conversar com os filhos, comermos juntos, ter um tempo só para jogar conversa fora, tudo isso é restaurador.

Refletir sobre o verdadeiro sentido do Natal também é bom. Muito mais do que festas, Natal significa Deus conosco. Um profeta certa vez definiu o Natal assim:

Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei. Ele será chamado de “Conselheiro Maravilhoso”, “Deus Poderoso”, “Pai Eterno”, “Príncipe da Paz”. Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá, e haverá paz em todo o seu reino. As bases do seu governo serão a justiça e o direito, desde o começo e para sempre. No seu grande amor, o SENHOR Todo-Poderoso fará com que tudo isso aconteça.

Essa criança veio ao mundo há mais de dois mil anos, viveu entre nós, foi crucificado e no terceiro dia ressuscitou dentre os mortos, subiu aos céus e um dia voltará para buscar aqueles que são seus. O seu nome, Jesus.

Natal não é religião. Natal é uma pessoa. Natal fala de um Deus que se fez gente e andou entre nós. Natal fala de relacionamento com aquele que preenche o nosso coração com a paz que o mundo não pode dar, porque ele é o “Príncipe da Paz”.

A todos aqueles que visitam o meu blog e são edificados com o que aqui é escrito, um Feliz Natal e um 2012 cheio de realizações e “paradas” estratégicas.

Ricardo Carvalho

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O DEUS DE TODA CONSOLAÇÃO


Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!

Quando li essa frase pronunciada pelo apóstolo Paulo, fui levado a pensar mais um pouco sobre essa consolação concedida por Deus a cada um de nós.

A palavra que se traduziu aqui por “consolação” é a mesma palavra de onde sai a expressão que define o Espírito Santo, o nosso consolador. Alguém que segura na outra ponta conosco. Um Deus sempre presente, providenciando livramentos e cuidando do seu povo. É a mesma expressão citada por Lucas ao apresentar Simeão (Lc 2:25). Ele era um dos que esperavam a “consolação de Israel”, ou seja, o livramento que Deus providenciaria quando enviasse o Messias para restaurar todas as coisas.

No capítulo 1 da Segunda carta aos coríntios, Paulo abre o coração de uma forma marcante. Ele expressa toda a sua gratidão a Deus porque em meio às tribulações sempre sentiu e experimentou da Sua presença restauradora. Paulo sabia que por mais que as tribulações fossem em grande medida, Deus derramaria consolo de forma transbordante.

Ele compartilha no texto uma experiência dolorosa vivenciada em alguma ocasião. O que sabemos sobre esse acontecimento é que foi devastador na vida do apóstolo Paulo. Ele entrou em desespero, porque foi algo acima das suas próprias forças. Foi tão forte a tribulação, que Paulo achou que iria morrer.

Se a situação de que Paulo se livrara fora uma forte oposição dos judeus de Éfeso, então podemos pensar no que aconteceu. O seu ministério foi extremamente eficaz em Éfeso. Pessoas se entregaram a Jesus, muitos deixaram a magia e outros tantos foram curados. A revolta de um ourives chamado Demétrio por causa da queda nos lucros relacionados ao grande templo da deusa Diana provocou um dos maiores tumultos na cidade. Paulo viu dois companheiros seus sendo arrancados e levados pela multidão. Ele mesmo quis agir, mas foi impedido de sair. Se esse foi o momento, então Priscila e Áquila foram usados por Deus para livrar Paulo da morte. Ele mesmo cita isso em Romanos 16:3,4Saudai a Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças”.

O fato é que essa experiência traumática ensinou a Paulo a confiar e depender somente de Deus. “Com tudo o que enfrentou Paulo aprendeu que um dos propósitos de Deus ao atirar-nos em aflições é ensinar-nos total dependência dele”.

Em tudo isso, no capítulo 1 da segunda carta aos coríntios, Paulo deixa lições preciosas para a nossa vida. Ele nos ensina que podemos contar sempre com o Deus de toda a consolação.

1. Temos um Deus que nos conforta em todas as tribulações que enfrentamos – v.4

2. Temos um Deus que nos traz consolo transbordante quando os sofrimentos se manifestam em grande medida – v.5

3. Temos um Deus que nos dá coragem e paciência para não desistir – v.6

4. Temos um Deus que nos ensina a confiar nele, mesmo quando não enxergamos mais possibilidade de livramento – v.8,9

5. Temos um Deus que nos dá a certeza de que nos livra hoje e nos livrará amanhã – v.10

6. Temos um Deus que sempre “levanta” outros para orarem em nosso favor – v.11

Não estamos sozinhos. Em nenhum momento ficamos desamparados. Está vivendo um momento devastador na sua vida? Está enfrentando tribulações acima das suas forças? Entrou em desespero? Temos um Deus que “segura as pontas” conosco e não deixa a “peteca” cair.

Assim, repetimos em alto e bom som:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus de toda consolação!

Paz

Ricardo