segunda-feira, 24 de outubro de 2011
REVITALIZANDO A VIDA, SENDO LIVRE DO MARASMO ESPIRITUAL
Eu acredito que em algumas ocasiões Jesus curava alguém não apenas para abençoar aquela vida, mas para ensinar lições preciosas aos seus discípulos. Em Marcos 8, a partir do versículo 22, encontramos a cura de um cego da cidade de Betsaida. Essa cura aconteceu logo depois da conversa de Jesus com os seus discípulos acerca do “fermento dos fariseus”. Eles não entenderam nada e Jesus questionou se eles eram cegos ou surdos. No capítulo 7 ele já havia curado um surdo. Agora no capítulo 8 ele cura um cego. Nos dois casos ele afasta a pessoa do local e usa saliva para curar.
A falta de compreensão e percepção dos discípulos demonstrava certa apatia e marasmo espiritual. É como se Jesus dissesse: vocês precisam enxergar e ouvir de forma diferente. Está na hora de acordar e despertar para a realidade espiritual.
Se essa cura serviu como canal de ensino de Jesus aos discípulos (acredito que ele utilizou a cura para isso), então algumas lições podem ser retiradas e colocadas em nossa vida.
Houve um momento na minha vida que Deus ministrou muito forte ao meu coração esse texto. Em 1990 esse foi texto que preguei após retornar de um congresso desafiador. Deus tinha tocado nos meus olhos pela segunda vez e eu enxergava a vida e ministério de forma diferente a partir de então. Na semana passada, todos os dias o Espírito Santo trouxe essa passagem bíblica ao meu coração e mais uma vez sabia que Deus queria me falar.
A história é simples. Fala de um homem que foi trazido por outras pessoas para ser curado por Jesus. Jesus toma o homem pela mão e o leva para fora da cidade. Do lado de fora, cospe e com a saliva toca nos olhos do cego e impõe as mãos sobre ele. Após esse gesto pergunta como ele está e este responde que vê homens como árvores andando. Jesus impõe mais uma vez as mãos e toca pela segunda vez no homem e agora este passa a ver plenamente. A ordem em seguida é que ele vá para casa e não entre mais na aldeia.
O que pude retirar para a minha vida a partir desse simples relato?
Aprendi que para vencer o marasmo espiritual e revitalizar a vida com Deus eu preciso experimentar algo parecido com o que aquele homem vivenciou.
Aprendi que tem momentos que precisarei da ajuda de outros. Sozinhos, ficamos sem direção. Por vezes ficamos tateando de um lado para o outro procurando dar um jeito na cegueira, marasmo e escuridão espiritual que cerca a nossa história. E não conseguimos nada. Tem momentos que precisamos de ajuda. Precisamos de alguém para nos conduzir a Jesus, orar conosco, nos levar até o lugar onde ele está. O verso 22 diz que alguns o levaram a Jesus.
Aprendi que em algumas ocasiões preciso sentir Jesus segurando a minha mão – v. 23a Tomando o cego pela mão. Peça isso a ele hoje. Diga a ele: Jesus segura a minha mão e conduz os meus passos. Para ele isso não era tão difícil porque ser conduzido por outros era a sua realidade diária. E essa condução faria uma enorme diferença na sua vida. Nós resistimos a isso. Nós sempre achamos que já sabemos andar sozinhos. Está na hora de admitirmos a nossa insensatez e dizer a Jesus – segura a minha mão e conduz a minha vida.
Aprendi que ele pode me tirar de um determinado ambiente e colocar em outro que seja melhor para mim. O v.23b diz que ele levou-o para fora da aldeia. No caso de Betsaida os motivos são expostos em Mateus 11:20-22. Jesus já havia exercido um profundo ministério nesta cidade – “operara... milagres”; O investimento de Jesus ali não tinha sido pequeno – “numerosos” milagres; Por mais que Jesus fizesse, não havia mudança de vida naquele povo – “pelo fato de não se terem arrependido”; Muitos, se tivessem tido a oportunidade de Betsaida, teriam mudado de vida – “Porque se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram”; Aquela cidade estava sob o juízo do Senhor – “haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras”. Você pode até pensar em mudança de cidade ou mudança de igreja, mas não é essa a ênfase que quero trazer. O que você precisa questionar é se o contexto no qual você está inserido atrai a presença de Deus ou não. Se o Senhor se agrada ou não; se ele vai agir ali ou não. Acredito plenamente que aquele homem amava a sua cidade e queria estar ali. Aquele era o ambiente que dava prazer a ele. Jesus o retira desse ambiente e o cura. Em seguida lhe dá uma ordem de não mais retornar ao mesmo ambiente.
Com quem você está andando? Que tipo de ambiente você tem freqüentado? Qual tem sido a sua rotina?
Aprendi que nem tudo aquilo que acontece comigo tem explicação lógica. Às vezes não entendo o que Deus está fazendo. Parece estranho, mas se Deus está fazendo, então resultados maravilhosos virão sobre a minha vida – v.23c aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe as mãos.
Aprendi que poderei ser questionado e confrontado e que o melhor é dizer a verdade para Deus – v.23d perguntou-lhe: Vês alguma coisa? – A sinceridade é chave para a cura em momentos assim. Não podemos continuar dizendo que está tudo bem quando sabemos que as coisas não estão bem. Admitir o que enxergamos e como estamos é o que faz a diferença na nossa vida.
Aprendi que todos nós teremos momentos onde o discernimento e o entendimento da realidade estará embaçado. Melhor do que ficar tateando de um lado para o outro é admitir para Jesus que está tudo turvo à nossa frente – v.24a Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.
Aprendi que em algumas ocasiões precisarei de um segundo toque de Jesus – v.25 novamente lhe pôs as mãos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo distinguia de modo perfeito.
Aprendi que quando ele me tocar e restaurar a minha vida essa bênção também será para a minha família – v26 E mandou-o Jesus embora para casa – Era esse o local que Jesus queria que ele fosse. Vá mostrar aos seus o que fiz com você. É fato, a mudança de Deus na sua vida trará reflexos maravilhosos na sua família.
Por fim, aprendi que o toque de Jesus muda radicalmente a minha rotina – v.26b recomendando-lhe: Não entres na aldeia – Jesus não queria que ele ficasse naquela aldeia. A nova vida, a nova visão, o novo momento o levava a uma nova rotina. Talvez esteja na hora de dar um rumo diferente a sua vida.
Eu aprendi com esse texto. E como aprendi.
Boa semana
Ricardo
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
E ele se fez chefe deles... de um “bando” a um grande exército
Lendo o texto em 1 Samuel 22:1,2 encontrei essa frase: “E ele se fez chefe deles...”. Aqueles eram dias de medo, lágrimas, de choro, de quebrantamento. Davi estava fugindo de Saul, perseguido sem motivo e se refugiou em um lugar chamado “Caverna de Adulão”, que significa refúgio, em Judá, a meio caminho entre Gate e Belém. Perto dali havia uma colina fortificada e famosa por suas cavernas, as quais serviam de abrigo natural para o desamparado Davi, embora os seus passos fossem sempre notados. Nesse tempo uns quatrocentos homens se juntaram a ele. Todos aqueles que não se sentiam seguros em suas casas (família de Davi); Todos aqueles que estavam profundamente oprimidos; Todos aqueles que não encontravam mais saída para os seus problemas; Todos aqueles que estavam fracassados financeiramente; Todos aqueles que estavam descontentes e sem esperança, amargurados de espírito. Davi se fez chefe dessa turma.
Se a gente sair desse momento quando o “bando” se forma e for para 1 Crônicas 12, momentos antes de Davi se tornar rei e descrever o seu exército, não há como não se admirar com a mudança. Aqueles homens foram tratados e trabalhados de tal forma que em pouco tempo se tornaram valentes capazes de fazer qualquer coisa por Davi. O exército de Davi é definido em crônicas como um exército formado por Formado por homens hábeis – v.2; Formado por homens semelhantes a leões – v.8; Para esse exército não havia obstáculos – v.8; Homens de extremo valor – v.14; Venciam os obstáculos e continuava na batalha – v.15; Homens cheios do Espírito Santo – v.18; Homens valentes – v.21; Homens que verdadeiramente faziam parte do exército celestial – v.22; Homens que frutificavam, verdadeiros discipuladores – v.28; Homens com nomes conhecidos e já estabelecidos – v.30; Homens com profundo discernimento, que buscavam conhecimento – v.32; Providos com todas as armas necessárias – v.33; Homens resolvidos e perseverantes – v.33; Homens dispostos e disponíveis – v.36; Convictos dos propósitos de Deus – v.38.
Claro que outros muitos entraram nesse intervalo, mas a mudança na vida desses homens é simplesmente marcante. Deus pode fazer uma mudança radical em nossas vidas. Isso é fato.
Quando eles se juntaram a Davi, eram homens despedaçados. Davi também estava apavorado, fraco, sem saber como escapar das mãos de Saul. Mas havia um detalhe que percorria a vida do rei Davi. Ele tinha Deus como o centro da sua história.
O que aqueles homens aprenderam com Davi? Deus era o centro da sua vida, por isso, Davi lidava bem com a rejeição. Apesar de ser desprezados por todos, sabia jamais seria negligenciado por Deus. Cria que Deus faz o impossível, por mais impossíveis que fossem as questões ela sabia que o Deus que tudo pode estava no controle de toda e qualquer situação. Esperava sempre em Deus. Para ele valia à pena continuar esperando no Senhor. Podia perder tudo, mas não ficava sem a presença de Deus, ou seja, ainda que tudo estivesse perdido ou fosse tomado, Deus continua presente na sua vida. Sempre louvava o Senhor e através do louvor ele alcançava vitórias.
Davi era sincero diante de Deus. Para ele não era errado dizer que estava doendo, nem tampouco trazia maldição declarar que estava sofrendo. Era quebrantado diante de Deus. Sabia que não era nada mais que um homem.
Chama a minha atenção a Bíblia não esconder nenhum detalhe da vida desse homem.
Davi não era perfeito. Era um pecador e precisava da graça de Deus sobre a sua vida. Desde quando foi ungido, o Espírito Santo tomou conta da sua vida, mas mesmo assim o seu caráter precisou ser muito trabalhado. Quando lemos os salmos entendemos quem ele era pelas suas orações. Ele se tornou um homem segundo o coração de Deus não porque era perfeito em seus atos, mas por admitir sua imperfeição e buscar uma vida de excelência diante de Deus, tendo o Senhor como o centro da sua história.
Nesse momento difícil da sua vida ele foi para a caverna de adulão (refúgio) e ali o seu exército começou a ser formado. Apesar de todas as suas imperfeições como homem, Deus estava no centro da sua vida. E foi isso que fez a grande diferença.
Deus faz assim. Pega um “bando” de derrotados e assustados e cria um poderoso exército. Deus capacitou Davi. Ali ele exercitou a sua liderança e a partir dali se tornou um dos grandes chefes da história bíblica.
Não sei se eu teria a coragem de Davi, de me fazer chefe de uma galera igual aquela. O que sei é que essa coragem veio porque ele sabia dos planos e propósitos de Deus para a sua vida.
O que aprendo com essa história é que não importa como eu esteja hoje. Se eu colocar Deus como o centro da minha vida e o procurar como refúgio, Ele fará mudanças radicais no meu caráter e, de membro de “bando”, me transformará em um grande guerreiro do seu exército.
Busque a Deus como você está hoje. Aceite os desafios mesmo estando cheio de medos. Busque a “caverna de Adulão”, o lugar de refúgio, e assista o trabalhar de Deus no seu caráter e na sua vida.
Só assista. O show Deus fará.
Boa semana
Ricardo
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
SOBRAS, SOMENTE SOBRAS...
Algo tem me intrigado profundamente nesses dias. As notícias da igreja perseguida são alarmantes e a profunda dedicação daqueles irmãos me deixa constrangido. No Brasil não sofremos as mesmas perseguições daqueles irmãos, mas não temos visto aqui a mesma dedicação e entrega. A igreja sofredora está disposta a morrer por Jesus. Nós parecemos mais dispostos a continuar na zona de conforto.
Lendo o texto do livro de Malaquias, no capítulo primeiro, a partir do verso seis, me deparei com uma palavra forte do Senhor. Ler esse texto e não sentir nada é não perceber o grito do Senhor para cada um de nós.
Deus se mostra cansado com o tipo de serviço feito no templo. Os sacrifícios não eram mais feitos com o mesmo empenho e dedicação. Os animais não eram selecionados conforme as normas do Senhor. Tudo acontecia de qualquer jeito. Ouvir Deus dizendo que era melhor que eles não abrissem o templo se fosse para manter aquele tipo de serviço é no mínimo assustador.
Vendo esse texto lembrei de uma frase que ouvi há muitos anos do pastor Bill Hybels. Ele compartilhou que escreveu em um guardanapo a seguinte frase: “Se eu continuar fazendo a obra de Deus desse jeito, vou terminar destruindo toda a obra que Deus fez em mim”.
Essa frase foi como um tapa em mim. É exatamente essa a realidade da minha vida. De repente me vi destruindo toda a obra que Deus tem feito na minha vida.
Sempre fui adepto de fazer tudo com excelência para Deus. Eu acredito que a excelência honra a Deus e inspira pessoas. Excelência não é perfeição, mas o melhor que posso fazer. Confesso que, em algumas ocasiões, não tenho visto excelência na minha vida, nem naquilo que faço. Duro admitir, mas em muitos momentos tenho me visto fazendo algmas coisas mais por obrigação...
Aí li outra frase do Valdemar Figueiredo - “Muita gente diz que Deus merece o melhor, enquanto alimenta seu próprio delírio de grandeza”
Por que não tenho dado o meu melhor para Deus? Por que não tenho retribuído tudo aquilo que ele tem feito por mim?
Vamos pensar um pouco no que Deus fez por nós. Deus criou tudo de forma excelente. Deus nos separou e nos firmou como preciosidade sua. Ele diz em Jeremias 2:21 Eu mesmo te plantei como vide excelente, da semente mais pura; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava?. Diz também em Ezequiel 17:8 Em boa terra, à borda de muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser excelente videira. Diz mais em Ezequiel 17:23 No monte alto de Israel, o plantarei, e produzirá ramos, dará frutos e se fará cedro excelente. Debaixo dele, habitarão animais de toda sorte, e à sombra dos seus ramos se aninharão aves de toda espécie.
Ele não parou por aí. Estando nós em pecado preparou a maravilhosa vinda de Jesus para que tivéssemos a salvação. O Senhor Jesus de uma forma gloriosa morreu na cruz, uma morte com poder para salvar a todos quantos creiam no seu nome. De forma gloriosa e excelente Deus o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu um nome que está acima de todo o nome. Como lemos em Hebreus 1:4 Tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Com esse Jesus estabelecemos uma nova aliança. A nova aliança em Cristo Jesus está acima de qualquer aliança - Hebreus 8:6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas - Jesus volta para o céu para preparar a nossa morada eterna, mas não nos deixa sozinhos aqui na terra. Deixa para toda a igreja o Espírito Santo, que é chamado também na Bíblia de Espírito Excelente. A gente pode ver isso em Daniel 5:12 porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação. Daniel 5:14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. E também em Daniel 6:3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.
Ele não parou por aí. Nos ensinou a andar como igreja, deixando os dons para que funcionássemos como um corpo, bem como um modelo de caminhada que teríamos como igreja. Em 1 Coríntios 12:31 ele diz: Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente.
Qual a nossa resposta a tudo o que Deus nos tem feito?
Eu tenho aprendido que tudo na vida é uma questão de relacionamento. Se não tenho compromisso com Deus, não conseguirei ter compromisso com o meu próximo, nem tampouco com o seu trabalho.
O que vou dizer a Deus? Ele só tem derramado amor sobre a minha vida. Em Malaquias 1:2 o Senhor nos diz: “Eu vos tenho amado”
Você tem dado o seu melhor para Deus?
Tenho dito algo com toda convicção. A realidade da igreja hoje é essa: Temos na igreja um povo bom, reconhecido na sociedade pelo potencial e capacidade, mas que dá tudo o que tem lá fora e usa a igreja como local de descanso e refrigério. Na maioria das vezes temos oferecido sobras a Deus.
Por que temos oferecido a Deus apenas sobras? Sobras do nosso tempo, sobras do nosso amor, sobras do nosso potencial, sobras da nossa capacidade, sobras das nossas forças, sobras, sobras...
Temos dito muitas vezes que o trabalho na igreja é voluntário. Segundo as Nações Unidas, o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos... Hoje já se define o voluntário contemporâneo como alguém engajado, participante e consciente; já se diferencia também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, que requerem um determinado tipo de voluntário, e que podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária; "A caridade (forte herança cultural e religiosa), reforçada pelo ideal, as crenças, os sistemas de valores, e o compromisso com determinadas causas são componentes vitais do engajamento”. Aplicando para a vida da igreja, o amor, a visão, a fé, os valores do reino e o compromisso com o Senhor são componentes vitais para o engajamento.
Se fosse só essa a nossa posição na igreja já estaríamos fora da definição – porque nem bons voluntários temos sido. O agravante é que somos mais que voluntários, somos servos, somos chamados, vocacionados por Deus, chamados para sermos discípulos, convocados por Deus a deixar tudo e servi-lo integralmente.
A Bíblia diz em Hebreus 11:4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.
A Bíblia fala de uma vida que se dedicou de tal maneira ao Senhor, que mesmo depois da morte a dedicação desse homem ainda é um testemunho vivo. A Palavra de Deus em Malaquias trata exatamente disso: dedicação com excelência.
Por que não tenho entregue o excelente para Deus? Por que tenho deixado tanto a desejar? Por que só sobras para aquele que sempre se dedicou por completo a mim?
Será que todo o potencial que recebi de Deus foi para ser utilizado nos meus projetos pessoais? Por que não tenho dado o meu melhor para Deus?
Por que?
Que o Senhor nos ajude e acorde
Ricardo
Lendo o texto do livro de Malaquias, no capítulo primeiro, a partir do verso seis, me deparei com uma palavra forte do Senhor. Ler esse texto e não sentir nada é não perceber o grito do Senhor para cada um de nós.
Deus se mostra cansado com o tipo de serviço feito no templo. Os sacrifícios não eram mais feitos com o mesmo empenho e dedicação. Os animais não eram selecionados conforme as normas do Senhor. Tudo acontecia de qualquer jeito. Ouvir Deus dizendo que era melhor que eles não abrissem o templo se fosse para manter aquele tipo de serviço é no mínimo assustador.
Vendo esse texto lembrei de uma frase que ouvi há muitos anos do pastor Bill Hybels. Ele compartilhou que escreveu em um guardanapo a seguinte frase: “Se eu continuar fazendo a obra de Deus desse jeito, vou terminar destruindo toda a obra que Deus fez em mim”.
Essa frase foi como um tapa em mim. É exatamente essa a realidade da minha vida. De repente me vi destruindo toda a obra que Deus tem feito na minha vida.
Sempre fui adepto de fazer tudo com excelência para Deus. Eu acredito que a excelência honra a Deus e inspira pessoas. Excelência não é perfeição, mas o melhor que posso fazer. Confesso que, em algumas ocasiões, não tenho visto excelência na minha vida, nem naquilo que faço. Duro admitir, mas em muitos momentos tenho me visto fazendo algmas coisas mais por obrigação...
Aí li outra frase do Valdemar Figueiredo - “Muita gente diz que Deus merece o melhor, enquanto alimenta seu próprio delírio de grandeza”
Por que não tenho dado o meu melhor para Deus? Por que não tenho retribuído tudo aquilo que ele tem feito por mim?
Vamos pensar um pouco no que Deus fez por nós. Deus criou tudo de forma excelente. Deus nos separou e nos firmou como preciosidade sua. Ele diz em Jeremias 2:21 Eu mesmo te plantei como vide excelente, da semente mais pura; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, como de vide brava?. Diz também em Ezequiel 17:8 Em boa terra, à borda de muitas águas, estava ela plantada, para produzir ramos, e dar frutos, e ser excelente videira. Diz mais em Ezequiel 17:23 No monte alto de Israel, o plantarei, e produzirá ramos, dará frutos e se fará cedro excelente. Debaixo dele, habitarão animais de toda sorte, e à sombra dos seus ramos se aninharão aves de toda espécie.
Ele não parou por aí. Estando nós em pecado preparou a maravilhosa vinda de Jesus para que tivéssemos a salvação. O Senhor Jesus de uma forma gloriosa morreu na cruz, uma morte com poder para salvar a todos quantos creiam no seu nome. De forma gloriosa e excelente Deus o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu um nome que está acima de todo o nome. Como lemos em Hebreus 1:4 Tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
Com esse Jesus estabelecemos uma nova aliança. A nova aliança em Cristo Jesus está acima de qualquer aliança - Hebreus 8:6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas - Jesus volta para o céu para preparar a nossa morada eterna, mas não nos deixa sozinhos aqui na terra. Deixa para toda a igreja o Espírito Santo, que é chamado também na Bíblia de Espírito Excelente. A gente pode ver isso em Daniel 5:12 porquanto espírito excelente, conhecimento e inteligência, interpretação de sonhos, declaração de enigmas e solução de casos difíceis se acharam neste Daniel, a quem o rei pusera o nome de Beltessazar; chame-se, pois, a Daniel, e ele dará a interpretação. Daniel 5:14 Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham luz, inteligência e excelente sabedoria. E também em Daniel 6:3 Então, o mesmo Daniel se distinguiu destes presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino.
Ele não parou por aí. Nos ensinou a andar como igreja, deixando os dons para que funcionássemos como um corpo, bem como um modelo de caminhada que teríamos como igreja. Em 1 Coríntios 12:31 ele diz: Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente.
Qual a nossa resposta a tudo o que Deus nos tem feito?
Eu tenho aprendido que tudo na vida é uma questão de relacionamento. Se não tenho compromisso com Deus, não conseguirei ter compromisso com o meu próximo, nem tampouco com o seu trabalho.
O que vou dizer a Deus? Ele só tem derramado amor sobre a minha vida. Em Malaquias 1:2 o Senhor nos diz: “Eu vos tenho amado”
Você tem dado o seu melhor para Deus?
Tenho dito algo com toda convicção. A realidade da igreja hoje é essa: Temos na igreja um povo bom, reconhecido na sociedade pelo potencial e capacidade, mas que dá tudo o que tem lá fora e usa a igreja como local de descanso e refrigério. Na maioria das vezes temos oferecido sobras a Deus.
Por que temos oferecido a Deus apenas sobras? Sobras do nosso tempo, sobras do nosso amor, sobras do nosso potencial, sobras da nossa capacidade, sobras das nossas forças, sobras, sobras...
Temos dito muitas vezes que o trabalho na igreja é voluntário. Segundo as Nações Unidas, o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos... Hoje já se define o voluntário contemporâneo como alguém engajado, participante e consciente; já se diferencia também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que implicam em maiores compromissos, que requerem um determinado tipo de voluntário, e que podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária; "A caridade (forte herança cultural e religiosa), reforçada pelo ideal, as crenças, os sistemas de valores, e o compromisso com determinadas causas são componentes vitais do engajamento”. Aplicando para a vida da igreja, o amor, a visão, a fé, os valores do reino e o compromisso com o Senhor são componentes vitais para o engajamento.
Se fosse só essa a nossa posição na igreja já estaríamos fora da definição – porque nem bons voluntários temos sido. O agravante é que somos mais que voluntários, somos servos, somos chamados, vocacionados por Deus, chamados para sermos discípulos, convocados por Deus a deixar tudo e servi-lo integralmente.
A Bíblia diz em Hebreus 11:4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala.
A Bíblia fala de uma vida que se dedicou de tal maneira ao Senhor, que mesmo depois da morte a dedicação desse homem ainda é um testemunho vivo. A Palavra de Deus em Malaquias trata exatamente disso: dedicação com excelência.
Por que não tenho entregue o excelente para Deus? Por que tenho deixado tanto a desejar? Por que só sobras para aquele que sempre se dedicou por completo a mim?
Será que todo o potencial que recebi de Deus foi para ser utilizado nos meus projetos pessoais? Por que não tenho dado o meu melhor para Deus?
Por que?
Que o Senhor nos ajude e acorde
Ricardo
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